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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

PEÇA TEATRAL

MODELO DE PEÇA TEATRAL PARA FINAL DE ANO- NATAL

PEÇA TEATRAL

NATAL NO EGITO

Apresentação
Este musical retrata de forma bem alegre como teria sido o aniversário de Jesus no Egito. Por exemplo, sabemos que após Seu nascimento, eles foram para o Egito (Mateus 2:13-23). Mas sabemos muito pouco entre o tempo que permaneceram lá até voltarem para Israel após a morte do rei Herodes.
Alguns historiadores nos falam que Herodes morreu de 2 a 4 anos depois do nascimento de Jesus. Então, como temos poucos relatos sobre a estada de José, Maria e Jesus, tentamos imaginar como teriam sido os amiguinhos de Jesus na infância... como teria celebrado Seu aniversário... e como reagiria Faraó sabendo da existência de um novo rei, como Herodes...
Mas o mais importante de tudo é mostrar que onde há a presença de Jesus, há mudanças de vidas, assim como até hoje há 2000 anos depois Sua história continua viva em nossos corações.
Nossa oração é que ao ouvir; ensaiar; encenar “ NATAL NO EGITO’ este mesmo Jesus possa tocar e mudar a vida de todos que tiverem seus corações abertos e vierem a Ele como crianças!

SOBRE AS CANÇÕES

Na música “ A História do Natal em Canção” , existem pequenas pausas entre uma música e outra para que, se desejar; grupos ou cantores diferentes possam se revezar. Isso também possibilitará a utilização dessa música isoladamente.
“ A História do Natal em Canção”, “ Foi Deus”, e “ Canção de Aniversário” podem ser cantadas em cultos normais antes da apresentação do musical. Aliás, isso muito ajudará na promoção do musical.
“ Príncipe da Paz” , “ Sim!”, e “ Um Bebe” são músicas que podem ser cantadas em qualquer ocasião, não somente no natal.

CENÁRIOS

“ Natal no Egito” se passa, obviamente, no Egito, um a três anos após o nascimento de Jesus.

Cena 1 – A Casa de Maria e José ( casa de Jesus )
Cena 2 – O Poço
Cena 3 – A casa de Maria e José (casa de Jesus)
Cena 4 – Corte de Faraó
Cena 5 – Casa de Maria e José (casa de Jesus)

PERSONAGENS

Narrador – Criança que fale com desenvoltura. Vestida com roupas atuais;
Maria – Criança, adolescente ou adulto vestida biblicamente.
José – Criança, adolescente ou adulto vestido biblicamente.
Jesus – Criança 1 a 3 anos, vestido biblicamente.
As Belas do Nilo – Vestidas com roupas egípcias.
Faraó – O maldoso líder vestido a caráter como rei do Egito.
Arauto – Menino com roupas egípcias. Diversos arautos poderão participar; entrando um de cada vez.
Crianças em geral - Esses personagens têm 27 falas que podem ser divididas entre as crianças. Se preferir; cada criança poderá falar uma linha. Todas as crianças deverão estar com roupas egípcias, inclusive as do coro.

NATAL NO EGITO
CENA 1

(As crianças podem entrar com o palco às escuras, permanecem de pé, de costas para o auditório. Após a narração se viram e cantam).

NARRADOR – SABEMOS QUE JESUS NASCEU LÁ EM BELÉM. FOI VISITADO PELOS SÁBIOS DO ORIENTE TAMBÉM. OS PASTORES NO CAMPO FORAM OS PRIMEIROS A VÊ-LO. QUANDO O SENHOR NASCEU NA TERRA SANTA, NO EGITO, NINGUÉM SABIA DE NADA. FARAÓ ERA O REI, NINGUÉM SABIA, O QUE ERA MESSIAS, NINGUÉM AS MARGENS DO RIO NILO.

NATAL NO EGITO

Natal no Egito é muito diferente
Natal no Egito é triste sem Jesus
O Egito é a terra onde há muitos deuses esta,
Sim vê, e até adoram animais. AH!

TODOS - Natal no Egito é muito diferente,
Natal no Egito é triste sem Jesus!
Não é um bom lugar pra se falar no nome de Jesus,
Nada aqui nos lembra o Natal,.

SOLO: No céu não há, luz a brilhar, nem Anjos mil a cantar:
Os magos e reis onde estarão?
O que será que aconteceu?

TODOS - Natal no Egito é muito diferente
Natal no Egito é triste sem Jesus!
O Egito é a Terra onde há muito desuses está
Sim, vê! E até adoram animais. AH!

Natal no Egito é muito diferente,
Natal no Egito é triste sem Jesus
Não é um bom lugar pra se falar no nome de Jesus
Nada aqui nos lembra o Natal.

SOLO Aqui não tem, qualquer sinal de que Jesus já nasceu
Não há sequer o desvendar pra se adorar

TODOS -Não vejo a manjedoura, nem sequer os animais aqui!
Natal no Egito é muito diferente
Natal no Egito é triste sem Jesus
O Egito é a Terra onde há muitos deuses está
Sim, vê! E até adoram animais (2 vezes)

Natal no Egito não dá não!
Natal no Egito não dá não!
Natal no Egito não dá não!

(MARIA E JOSÉ ENTRAM PELO LADO DIREIITO DO PALCO, COM JESUS NO COLO).

NARRADOR – O EGITO ERA A TERRA PARA ONDE JOSÈ FUGIU COM MARIA, PARA PROTEGER O BEBEZINHO JESUS DO TERRÍVEL REI HERODES. POR QUANTO TEMPO FICARAM LÁ? A BÍBLIA DIZ QUE ELES FICARAM LÁ ATÉ A MORTE DE HERODES. JESUS COMEMOROU LÁ PELO MENOS O SEU PRIMEIRO ANIVERSÁRIO. JÁ PENSARAM QUE NATAL LINDO E ESPECIAL FOI AQUELE?

JOSE – (para Jesus) – Você sabe que dia é hoje? É dia do Seu aniversário!
(Música começa)

MARIA – Feliz Aniversário! Você é meu Presente de Deus!

FOI DEUS
Foi Deus quem nos mandou um Bebezinho
Sim, foi Deus bem no Natal!
Eu sei que foi Deus quem nos mandou um Bebezinho
Seu Filho mandou pra nos salvar.

Deus tanto o mundo amou que Seu próprio Filho deu
Nossos pecados viu e mandou Jesus nos Salvar

FOI DEUS...

Deus quer te ajudar pois sabe do teu penar
Quando mandou Jesus demonstrou-nos Seu grande amor!

Foi Deus quem nos mandou um Bebezinho
Sim, foi Deus bem no Natal
Eu sei que foi Deus quem nos mandou um Bebezinho
Seu Filho mandou pra nos salvar
Seu Filho Deus mandou a nós.

MARIA - José, quase não acredito: olha só como Jesus está crescidinho?

JOSÉ – É parece que foi ontem que estávamos em Belém, antes de Jesus nascer...

MARIA – Bem, acho que Jesus está com sede. È melhor irmos ao poço apanhar um pouco d’água. Temos de preparar a fes-ti-nha.

JOSÈ – (sorrindo) – Boa idéia. Vou terminar de preparar os pre-sen-tes.

MARIA – Até já!

(JOSÉ SAI PELO LADO DIREITO. MARIA SAI COM JESUS UM POUCO ACANHADA PARA SE APROXIMAR DO POÇO, DO LADO ESQUERDO DO PALCO, ONDE AS BELAS ESTÃO CONVERSANDO E COCHICHANDO ZOMBETEIRAMENTE)

SABÁ – Bem Delta, ela tem uma aparência horrível. Parece que ela está amarrada nesses panos velhos da cabeça aos pés.

DELTA – Eu conheço bem essa roupa, Sabá! É mais antiga do que as pirâmides... coisa de gente velha...

CLEÓPATRA - Puxa, que vergonha, a mãe dela era tão bonitinha!

SABÁ – Tem razão, Cleópatra. Infelizmente não podemos dizer tal mãe, tal filha.

DELTA – Não Sabá! Com esse vestido ela está mais para tal filha, tal múmia!

SABÁ – (rindo) Oh, Delta, você é tão fofoqueira...

CLEÓPATRA – (zombando) É verdade Delta, acho que Sabá tem toda razão...

(MARIA SUSSURRA UMA CANÇÃO ENQUANTO VAI SE APROXIMANDO DO POÇO ONDE AS BELAS ESTÃO CONVERSANDO).
DELTA – (com um pigarro) Falando de beleza, aqui está uma jovem muito bonita...

SABÁ – Acho que o nome dela é MARIA.

CLEÓPATRA - É sim. Ela está com um lindo bebezinho no colo. (Acenando para Jesus, imitando voz de bebe) Que coisinha lindinha!!!

SABÁ – (censurando) Cleópatra, você ‘às vezes parece até uma criança boba!

MARIA – Olá, o Senhor nos deu um lindo dia hoje, não?

DELTA – Bem, o dia realmente está lindo, mas se você não se aborrecer, não é graças ao Senhor, mas sim a Faraó!

MARIA – Sim, eu compreendo. (Apanha com um balde um pouco de água no poço) Jesus, a mamãe já vai; estou apanhando um pouco de água.

SABÁ – (sem zombaria) Oh, Ele se parece mesmo com um cordeirinho...

CLEÓPATRA – Ele é um amor não acham?

MARIA – Obrigada, Jesus é amor.

CLEÓPATRA – Você não é daqui, querida, acertei?

MARIA – Não... estamos visitando a cidade. Somos de Israel.

SABÁ – Eu sabia disso...

DELTA – Claro, Sabá! Nem precisava perguntar.

VOCÊ NÃO É DAQUI (só quem canta é: MARIA, DELTA, SABÁ E CLEOPATRA)

TODOS - Já sabemos, basta só olhar, pra dizer você não é daqui!

1ª vez - Delta
2ª vez – Sabá
3ª vez – Cleópatra

DELTA - De que Terra você chegou?
SABÁ - Conte agora pra nós também?
MARIA - Nazaré, de onde vêm?

TODOS – É Terra humilde, cidade de Davi
O próprio Deus o escolheu
Para ser o lar do Grande Salvador.

AS BELAS – AHH!

TODOS – JÁ SABEMOS BASTA SÓ OLHAR
PRA DIZER VOCÊ NÃO É DAQUI
DE QUE PARTE VEM VOCÊ?
DIGA-NOS O NOME DO BEBÊ.

MARIA – O SEU NOME É JESUS

AS BELAS – YESHUA A HAMA SHE-A
NA LINGUA DOS HEBREUS.

MARIA – O ANJO VEIO ANUNCIAR

AS BELAS – QUE SE CHAMARÁ, JESUS O SALVADOR.
AhAHA!
JÁ SABEMOS, BASTA SÓ OLHAR, PRA DIZER VOCÊ NÃO É DAQUI.

GOSTARIAMOS DE SABER O LUGAR ONDE NASCEU

MARIA – Em Belém, ele nasceu
AS BELAS - Éfrata. Bem perto de Jerusalém.
MARIA _ Há muito se, profetizou.
AS BELAS – Que haveria de nascer ali um Rei! AHAAA!

Já sabemos, basta só olhar, pra dizer você não é daqui.
DELTA - De que Terra você chegou?
SABÁ - De que parte vem você?
CLEOPATRA Precisamos de saber
MARIA – BYE, BYE

AS BELAS - MELHOR PRA NOS É VIGIAR VOCÊ.

CENA 2

(QUANDO A MÚSICA TERMINA, MARIA VOLTA PARA O CENTRO DO PALCO, TENDO JESUS NO COLO E SE SENTA NO BANQUINHO)

CLEOPATRA - O que será que ela quer dizer com “ Jesus é um Rei”?

SABA – E... Salvador? O que significa isso?

DELTA – Não estou entendendo nada. Acho que se nós seguirmos Maria vamos descobrir tudo.

CLEOPATRA - Quer dizer que seremos como espiãs?

SABA – Puxa, espionar Maria?
DELTA – Claro meninas, vamos lá!

(AS BELAS VÃO PARA O CENTRO DO PALCO COCHICHAM UM POUCO E FICAM NO LADO DIREITO IGNORANDO MARIA)

NARRADOR – DEVE TER SIDO DIFÍCIL PRA MARIA TÃO LONGE DE CASA E TÃO PERTO DE DEBOCHES, DESCASOS E INCOMPREENSÃO POR PARTE DAQUELES QUE ESTAVAM AO SEU REDOR. MARIA, NO ENTANTO, NUNCA SE SENTIU SOZINHA. EXATAMENTE COMO NÓS, ELA SABIA QUE DEUS ESTAVA SEMPRE COM ELA.

(Música começa)

PRÍNCIPE DA PAZ
MARIA – (FALA) Ó Jesus, meu Doce Jesus, o que eu faria sem você?
És o Rei do meu viver
És meu Amigo Fiel
És a Paz, o Príncipe
Sempre Jesus te amarei.

De manhã cedinho irei te buscar
E ao meio-dia, quero te abraçar
E quando a noite vem, o teu nome vou louvar.
CRIANÇAS - És o rei do meu viver, es meu amigo fiel
És a Paz, o Príncipe sempre Jesus te amarei.
MARIA (FALA) – Você é e será sempre meu Príncipe da Paz
Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade.

CRIANÇAS - És o Rei do meu viver, és meu Amigo Fiel
És a Paz, o Príncipe
Sempre Jesus te amarei
Eu te amarei pra sempre
Sempre, sim!

(MARIA PERMANECE SEGURANDO JESUS ENQUANTO AS BELAS CONTINUAM)

SABA - Ouviram o que ela disse?

CLEOPATRA - (emocionada) – Sim, isso me dá vontade de pedir desculpas a ela e amar mais ainda as crianças...

DELTA – Oh, que é isso Cleópatra! Você já se esqueceu? Nós temos de adorar a Faraó.
CLEÓPATRA - Eu sei Delta, mas Faraó é tão... mau tão cheio de ódio e Esse Menino Jesus me parece ser só amor.

DELTA – Bem, pode até ser. Mas eu acho que é nosso dever contar a Faraó sobre Esse Rei.

SABA – Você está certa Delta; Além disso, poderemos receber uma recompensa de Faraó pela informação! (animadamente) Jóias, ouro, perfumes...

(Delta reage animadamente)

DELTA – Então por que perdemos tempo? Vamos lá!

CLEOPATRA – (hesitante) – Não. Eu vou ficar aqui.

DELTA – (irritada) – Ora Cleópatra, vamos logo!

SABA – Esperem um minuto. Acho que vai ser melhor assim. (com autoridade) Cleópatra, você fica aqui e procure descobrir mais alguma coisa e vá se encontrar conosco, entendeu bem?

CLEOPATRA - Sim, meninas.

DELTA – Será que haverá mesmo uma recompensa?

SABA – Vamos lá!

(Elas saem pelo lado direito, rindo e conversando. Cleópatra permanece no meio do palco, vigiando Maria e Jesus)

CENA 3

NARRADOR – EMBORA ESSAS MOÇAS EGOÍSTAS SEJAM IMAGINÁRIAS, SÓ EXISTEM EM NOSSA HISTÓRIA, HÁ MUITA GENTE QUE AO CONHECER JESUS TENTAM TIRAR ALGUM LUCRO DISSO. FELIZMENTE HÁ MUITOS OUTROS QUE BUSCAM CONHECER A DEUS.

(José chega vindo do lado direito do palco, acompanhado de crianças trazendo uma pequena sacola. Não chega a entrar. )

JOSE – Vamos lá, criançada! Vamos fazer uma bonita festa hoje!

CLEOPATRA - Perdão rapaz. Você sabe alguma coisa sobre a mulher e a criança que moram aqui?

JOSE – (ainda chegando no palco, sem entrar) Por quê? Sim, eu sei. Sou José, o marido de Maria. Você é...
CLEOPATRA – Sou Cleópatra.

JOSÉ – (simpaticamente) Bem, senhorita Cleópatra, não gostaria de entrar? Vamos ter uma pequena celebração aqui.

CLEÓPATRA - Oh, sim, José. Pode deixar que vou me misturar no meio das crianças.
JOSÉ – Tudo bem. (Para as crianças) Atenção:todo mundo quietinho... Silêncio por favor...

(José entra Maria está sentada ou brincando no chão com Jesus)

JOSÉ – Psst! Maria? Estou com as cri-an-ças!

(As crianças entram. Cleópatra chega por último e fica um pouco ao lado, procurando não ser vista).

1___________Feliz Aniversário!

2___________A festa é Sua Jesus!

3___________Estamos aqui para comemorar!


CANÇÃO DE ANIVERSÁRIO

TODOS - Vamos, todos juntos comemorar o aniversário de Jesus o Rei!
Turma, vamos, todos juntos cantar a mais feliz canção de louvor!

1º Solo - É tempo de parar um pouco pra brincar
Unindo as vozes para celebrar;
Famílias a cantar, canções de amor no ar
E no aniversário de Jesus , louvar cantar!

VAMOS, TODOS JUNTOS

2ª Solo - Presentes vamos dar e a casa iluminar
Por toda noite sinos vão soar:
Amigos vou chamar, a ceia pronta está
Bombons e chocolates vamos nós saborear.

Vamos todos juntos comemorar o aniversário de Jesus o Rei
Turma, vamos? Todos juntos
Cantar a mais feliz canção de louvor

Vamos todos juntos (3 vezes)

(As crianças se sentam em banquinhos ou no chão de preferência ao redor de José. Cleópatra vai em direção a Maria)

CLEÓPATRA – Alô Maria?

MARIA – Você é uma daquelas moças que encontrei lá poço, não é?

CLEÓPATRA – Sim! Receio estar “invadindo sua festa”

JOSÉ – (bem alegre e simpático) Fique à vontade, você foi convidada!

MARIA – É claro, senta aqui pertinho de nós.

(Cleópatra se senta à esquerda de Maria e Jesus)

CLEÓPATRA – (imitando voz de bebê, fala para Jesus) Parabéns pra você!

1__________ - José, conta uma de suas histórias pra nós!

2__________ - Por favor José, conta uma história verdadeira.

TODAS AS CRIANÇAS - Sim, conta, conta, conta... Sim!

JOSÉ - Oh, eu gosto muito da palavra “ SIM” Tudo bem deixem-me pensar...

MARIA – (para Cleópatra) As crianças amam brincar na carpintaria com José!

CLEÓPATRA – Oh, verdade?

MARIA – Não sei como se sentem as crianças quando andam por aí, mas sinto que aqui elas se divertem!

CLEÓPATRA – É bom, porque ele já vai treinando para ser um bom papai (Maria sorri levemente concordando)

JOSÉ – Muito bem. Vou contar a melhor história que vocês vão ouvir.

1________ - Melhor do que a Abraão?

2_________ - Melhor do que a de Elias?

3________ - Melhor do que a de ... José?

JOSÉ – Sim! Muitas histórias ficam bem guardadas na memória. Mas esta história vocês devem guardá-la no coração.
2________ - Sim José, vamos guardá-la no coração, porque nós cremos.

1________ - Qual é a história?

JOSÉ - É a história do nascimento de Jesus.

TODAS AS CRIANÇAS – SIM!!!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

PLANO DE AULA

PLANO DE AULA – LITERATURA
OBS: Encontrei este site e achei super interessante para os professores de Literatura (http://www.textolivre.com.br/livre/16191-poesia-analise-da-musicalidade-imagistica) . Faça bom proveito.
Poesia - Análise da Musicalidade, Imagística...

Poesia - Análise da Musicalidade, Imagística...


Escrito por Sergio Carneiro de Andrade


Plano de Aula: (Teoria da Literatura II: Os Fundamentos da Poesia)
1) Objetivos:
a) passar aos alunos as maneiras e técnicas de identificar os elementos estruturais e musicalidade do poema (estrofes, versos, rimas ou não-rimas, ritmo), os processos intensificadores, a imagística, e uma das interpretações possíveis dentro da multisignificação poemática;
b) Drummond e sua obra poética figura entre os grandes da poesia brasileira, Olavo Bilac, Manuel Bandeira, Cruz e Sousa, Gonçalves Dias, Castro Alves, Casimiro de Abreu, Gregório de Matos, Tomás Antônio Gonzaga, Álvares de Azevedo, Fagundes Varela, Cecília Meirelles, Vinícius de Moraes, Augusto dos Anjos, Corrêa Júnior, Brant-Horta, etc. Em busca de um sentido para a vida, poetando temas sociais, vivendo tempos de guerra, depressão econômica, desemprego, ditaduras, as duas guerras mundiais, a ditadura militar, a Guerra Fria, ... , tinha conteúdos de vida e experiência em transmitir com emoção, é um céptico mineiro-carioca que parece se desencantou com a religião e Deus; escreveu também sobre suicídio e temas sensuais. Brinca com as palavras e emociona e faz pensar, faz humor e piada com os versos, tem estilo próprio e inconfundível. Eis então, por aí, a sua relevância como autor poético. William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães, no livro "Português: Linguagens – Literatura, Gramática e Redação, vol.3", Atual Editora, assim comentam sobre a poesia de 30 e a segunda geração modernista: "A poesia (tratando de conflitos do homem em geral, mais universal) e o romance de 30 (regionalista, a falar do homem brasileiro ou do homem de uma das regiões do país) estavam preocupados fundamentalmente com o sentido da existência humana, com o confronto do homem com a realidade, com o "estar-no-mundo", as inquietações social, religiosa, filosófica, amorosa, etc. Os poetas de 30 seguem caminhos diversos, vão da reflexão filosófico-existencialista ao espiritualismo, da preocupação social e política ao regionalismo, da metalinguagem ao sensualismo. Em 1930, a luta da primeira geração modernista contra a cultura acadêmica já era vitoriosa. Suas propostas, como o verso livre, a busca de uma língua brasileira, o interesse pela paisagem nacional e pelos temas ligados ao cotidiano, estavam definitivamente consolidadas em nossa literatura. A segunda geração livre do compromisso de combater o passado, mantém muitas das conquistas da geração anterior, mas também se sente inteiramente à vontade para voltar a cultivar certas formas antes desprezadas, em razão do radicalismo da primeira geração. É o caso dos versos regulares, estrofação criteriosa, formas fixas (como o soneto). Carlos Drummond de Andrade como Vinícius de Moraes foram excelentes sonetistas. Não se trata de uma geração antimodernista no interior do próprio Modernismo. Pelo contrário, esses poetas levaram adiante o projeto de 'liberdade de expressão' dos seus antecessores, a ponto até de incluírem nesse conceito de liberdade o emprego de formas utilizadas pelos clássicos." Sobre a paz, Drummond escreveu: "As discussões políticas e filosóficas em torno da ideia da paz, e sobre os meios de alcançá-la, são infindáveis. A bem dizer, apenas sofrem um intervalo enquanto se travam as guerras, sempre mais fáceis de declarar. Entretanto, a chave do problema é teoricamente simples, e pode ser encontrada no Antigo Testamento, Salmo 84.no. 11: 'A misericórdia e a verdade se encontraram: a justiça e a paz se beijaram. ' Resumindo: o outro nome da paz é justiça."
E conclui: "Carlos Drummond de Andrade, ao longo de 56 anos de carreira literária, é o poeta que melhor representa o espírito dessa geração e um dos pontos mais altos de nossa literatura." É de lembrar, comentam Audemaro T. Goulart e Oscar V. Silva em Estudo Orientado de Língua e Literatura, ed. do Brasil - SP, "o uso de estrangeirismo como gauche, sweet home, meeting, tudo muito contrário àquilo que postulam os puristas. Todavia, faz-se necessário esclarecer que tais produções ressaltam um fato muito importante, que é a realidade lingüística existente no Brasil (...) despertam o leitor de seu bem comportado alheamento obrigando-o a participar de um processo envolvente que caracteriza a poesia da era tecnológica".

2) Metodologia:
Em vídeo de curta duração downloadiado do youtube ou outro site da internet, Fotos, pinturas de artistas da 2a. geração modernista, aula expositiva, textos para analisar, exercícios; empregando um computador e projeção em tela grande, powerpoint, lousa e giz.
Critérios de seleção do conteúdo: validade (de confiança, representativos, atualizados), utilidade ou intenção pragmática (aluno puder usá-lo no ambiente onde vive), significação (relacionado às experiências do aluno de modo a interessá-lo), viabilidade (dentro das limitações de tempo, recurso, e nível de compreensão da classe), possibilidade de elaboração pessoal (o próprio aluno ser capaz de avaliar e criticar o conteúdo), flexibilidade (estar sujeito a alterações conjunturais - de momento pedagógico).
Organização do conteúdo: Um critério é mobilizar as melhores cabeças sobre a disciplina e começar pelos princípios básicos, as idéias fundamentais da matéria a ser ensinada e despertar interesse, mostrar que o assunto é valioso, utilizável pelo aluno em outras situações além da escola. Por esse critério, lógico, baseado na estrutura da própria matéria, selecionar e organizar o conteúdo seria função de um especialista e não de um professor, principalmente um iniciante, porém, o mestre lendo e estudando em várias fontes sobre o conteúdo a ensinar é de pensar-se que adquira essa capacidade de instrumentalizar-se para a seleção e organização do conteúdo a ser ministrado em sala de aula. Pois se tiver comunicação e desenvoltura à frente de alunos e não ter conteúdo ou material preparado, roteirizado a passar, será tão-só um artista fazendo um show teatral de representação professoral (em brincando de ensinar) e bem humorada oratória oca para divertir e manter a atenção de uma platéia a pensar que está aprendendo.
Pelo critério psicológico o conteúdo seria disposto segundo o "nível de desenvolvimento intelectual ou cognitivo do aluno [Piaget, Freud, Vygotsky, Bandura] (...) e na ordem em que se realiza a experiência da criança"; primeiro [nível mais concreto-manipulativo, sensório-motor] aprende a fazer coisas, succionar o leite, caminhar, falar, comer com colher, brincar; segundo [pré-operatório, operatório-concreto], observando experiências alheias, por informação atrelada à sua atividade geral; terceiro [operatório-formal; aqui neste ponto aplicando o critério lógico de organização de conteúdos, acima nocionado, ensinagem mais racionalizada, sistemática], por enriquecimento e aprofundamento de conhecimentos já adquiridos".
O desenvolvimento cognitivo de um jovem da 6a. série ou acima já está suficientmente maturado para o uso de critério lógico de organização de conteúdos, suavemente introduzido e indo a complexando (já encontra-se em nível abstrato-conceitual).
Para Claudino Piletti, Didática Geral, Ática: primeiro "é preciso selecionar as informações e saber como e onde adquirir novas informações quando estas forem necessárias", e o "tipo de conteúdo, ou seja, o que é mais importante que o aluno conheça". (...) "Os objetivos é que devem dar uma direção aos conteúdos". (...) "Conteúdo não abrange apenas a organização do conhecimento [dados, fatos, conceitos, princípios, ...], mas também as experiências educativas no campo desse conhecimento [experiências que o aluno vivenciará na ensinagem].

3) Desenvolvimento ou roteiro de aula:

I) conteúdos conceituais (“o que se deve saber?”): resumo da biografia e fase histórica em que viveu Drummond; a estrutura tradicional e moderna dos poemas.

No site www.pensador.info/autor/Carlos_Drummond_de_Andrade diz-se deste escritor: "foi um poeta brasileiro (1902 - 1987), também cronista, contista e tradutor. Entre suas obras de maior destaque, Alguma poesia (1930), Sentimento do mundo (1940) e A rosa do povo (1945)". Frase de Drummond: "A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca".

vídeo youtube - o fazendeiro do ar - olhando para o mar: www.carlosdrummond.com.br
Fotos de Carlos Drummond e a pintura de cunho ideológico Operários de Tarsila do Amaral:
* fonte: Livro-texto Ensino Médio 3a. série - Anglo; Livro 21 - Literatura II, Coleção Objetivo.
Casa onde nasceu Drummond em Itabira
* Mineiro, city do ferro, proveio de família ligada às tradições da região, ou seja, de fazendeiros e de mineradores.
Confidência do Itabirano
Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.

A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
é doce herança itabirana.

De Itabira trouxe prendas diversas que ora ofereço:
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa...
Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!
Infância
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia
Eu sozinho, menino entre mangueiras
lia história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.

No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala - e nunca se esqueceu
chamava para o café.
café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom

Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
- Psiu... não corde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito
E dava um suspiro... que fundo !

Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.

E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.


i.1) elementos estruturais da musicalidade poemática: tipos de estrofe, versos, ritmo, rimas.

Fazer um apanhado dos seguintes tópicos:

- Poética: é a teoria da versificação, a arte ou técnica de escrever versos e agrupá-los em estrofes dentro de uma forma pré-estabelecida, tradicional, segundo determinadas regras, e constituindo a Obra de Arte em versos chamada Poema. Deixando de lado a rigidez e adotando a elasticidade modernista, é a liberdade de dispor as palavras, ou os significados/significantes elaborados, em um espaço ou ambiente em estética e forma ditada pela inspiração do momento criador de modo a expressar artisticamente o mundo psicológico e externo sentido pelo autor despertando reações, deleites e emoções plurisignificativas nos leitores, constituindo a composição poética, o poema moderno ou pós-modernista liberto das amarras da métrica, da rima e dos acentos e descansos obrigatórios.

- Metrificação: trata do modo de medir os versos em sílabas métricas. É o estudo da medida dos versos, dos recursos para metrificá-los tal como se deseja e da classificação segundo as sílabas poéticas e de seus agrupamentos, as estrofes.
- verso: é cada linha de um poema, pode estar dentro de uma forma rígida de
sílabas métricas, ritmo e um fechar rima com outro verso.
- métrica: é a medida do verso. O processo de determinar a métrica dividindo o verso em sílabas poéticas chama-se escansão. Metrificar um verso é contar as unidades silábicas ou sílabas poéticas de que se constitui.
- sílaba métrica ou sílaba poética: é a unidade de medida do verso, nem sempre coincide com a sílaba gramatical. Obedece às seguintes regras:
sinalefa ou elisão poética: quando na pronúncia a vogal final átona de uma
palavra se funde ou desaparece com a vogal inicial da palavra seguinte, precedida ou não de “H”.
Ex.: “Para os cantos... (Paros)
Do amor distante vem sempre uma saudade. (=duá mor (...) sempruma)
Algo de hermético... (=algo dermético)”
“Recebe o afeto que se encerra...” (Recebuafeto (...) sencerra) (trecho do
Hino à Bandeira.)
Abaixo as barras indicam a separação das sílabas poéticas.
“Tê/nue,/ co/mo/ se / de / Eo / lo a es /que/ce/ssem, (10 sílabas)
Não / de/se/je/mos,/ Lí/di/a,/ nes/ ta ho / ra (10)
Geralmente não ocorre elisão se a palavra termina em vogal tônica ou uma das vogais é forte.
“Tu / és / a a/ra/gem / per/di/da” (Fagundes Varela)
Es/sa / é / a / no/va/ opção... Preciso e a quero.
As sílabas após a sílaba tônica da última palavra do verso não se conta devido
a soar muito fracamente aos ouvidos.
A fórmula rítmica é apresentada por dois sinais de quantidade ou duração da
emissão de uma vogal: “ ” (a bráquia, semicírculo côncavo) indica a sílaba breve, átona, ársis, pé suspenso, e “-“ (o macro) marca a sílaba longa, tônica, tésis, a descida do pé ao chão. O ritmo vem de uma repetição de cadência, distribuição proporcionada dos acentos (sílabas tônicas e átonas) e pausas, cesuras, produzindo sensação agradável ao ouvido. Cesura é a pausa no interior do verso dividindo-o em partes chamadas grupos fônicos. Se se tem apenas uma cesura os dois grupos fônicos chamam-se hemistíquios. Ex.: a) três grupos fônicos: “Cheguei. / Chegaste./ Vinhas fatigada...” (decassílabo heróico, Olavo Bilac). b) dois hemistíquios: “Que arde no eterno azul, / como uma eterna vela“. (dodecassílabo, ritmo clássico (6a. e 12a. sílabas), Machado de Assis).
Grupo fônico se diferencia de grupo acentual ou de intensidade. Este é cada parte da frase centrada em um acento tônico principal. Aquele compreende um ou mais grupos de intensidade entre duas pausas (lógicas, expressivas ou respiratórias). Exemplo: em elocução ou pronúncia lenta do texto “O aguaceiro desabou, com estrépito, mas a folia persistiu.”, temos:
i) cinco grupos acentuais:
O aguaceiro / desabou, / com estrépito, / mas a folia / persistiu.
ii) três grupos fônicos:
O aguaceiro desabou, // com estrépito, // mas a folia persistiu.
Se se emitir com maior rapidez e não separar o verbo “desabou” de seu adjunto
adverbial “com estrépido” faz-se apenas dois grupos fônicos:
O aguaceiro desabou com estrépito, // mas a folia persistiu.

O verso tradicional pode ter de uma a doze sílabas poéticas.

1) monossílabo ou monossilábico: de uma sílaba.
"Lembra
Só"
2) dissílabo ou dissilábico: duas sílabas.
Ritmo: acento na 2a. sílaba ou na 1a. e 2a. sílabas
Fórmula: - ou: --
“E os passos
Marchavam:
Avante..."
3) trissílabo ou trissilábico: três sílabas.
“Vem a aurora
Pressurosa
Cor de rosa, ..."
4) Tetrassílabo, tetrassilábico ou verso quebrado de redondilha maior: quatro
sílabas. Ritmo do tetrassílabo: acento na 1a. e 4a. ou na 2a. e 4a. sílabas.
Fórmula: - - ou: - -
"A cada instante
Este lamento"
5) Pentassílabo, pentassilábico ou redondilha menor: cinco sílabas.
Ritmo: geralmente são acentuados na 2a. e 5a. sílabas. Também pode ocorrer na
1a. e 5a. ou na 3a. e 5a. sílabas. Fórmula: - - ou: - - ou: - -
“Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas
Nas selvas cresci..."
6) Hexassílabo, hexassilábico ou heróico quebrado: seis sílabas.
Ritmo: os acentos recaem na 2a., 4a. e 6a. sílabas ou na 3a. e 6a. sílabas.
Fórmula: - - - ou: - -
"Que um /can/to /d’ins/pi/ra/do
Tem sempre a cada aurora;"
7) Heptassílabo, septissílabo, heptassilábico ou redondilha maior: sete sílabas. Métrica de uso popular usada em quadrinhas ou trovas e poemas folclóricos ou românticos. Ritmo: o acento pode recair na 2a. e 7a. sílabas, ou na 3a. e 7a., ou na 4a. e 7a. Fórmula: - - ou: - - ou: - -
“Oh!/ Que/ sau/da/des/ que/ te/nho
Da au/ro/ra /da/ mi/nha/ vi/da,
Da/ mi/nha in/fân/cia /que/ri/da
Que os /a/nos /não/ tra/zem/ mais!”
8) Octossílabo, octossilábico ou sáfico quebrado: oito sílabas.
Ritmo: acentuado na 4a. e 8a. sílabas (ritmo português) ou 3a. e 8a., ou 2a. 4a. 6a. e 8a. sílabas, ou na 5a. e 8a. sílabas...
Fórmula: - - ou: - - ou: - - ou: - - - -
4 e 8:
“Ó/ meu/ A/mor,/ que/ já/ mor/res/te,
Ó meu Amor, que morta estás!"
3 e 8:
“Eu conheço a mais bela flor;
És tu, rosa da mocidade.."
2, 4, 6 e 8:
"O ferr’ martela, bate e bate,
E toca o sino à temp’stade.
Da amada terra do Brasil!"
5 e 8:
"As vias alegres de esp’ranças."
9) Eneassílabo, gregoriano ou jâmbico: nove sílabas.
Ritmo: acento na 3a., 6a. e 9a. sílabas (gregoriano ou arte-maior) ou 4a. e 9a.
(eneassílabo moderno). Fórmula: - - - ou: - -
“Ó guerreiros da taba sagrada!
Ó guerreiros da tribo tupi.
Falam deuses nos cantos do piaga.
Ó guerreiros, meus cantos ouvi.”
10) decassílabo (sáfico ou heróico): 10 sílabas.
Ritmo sáfico: acento na 4a., 8a. e 10a. sílabas. Empregado pela poetisa grega Safo da ilha de Lesbos (séc. VII e VI a. C.). Fórmula: - - -
“Sonhei milagres para o meu destino”
Ritmo heróico: acento obrigatório na 6a. e 10a. sílabas. É o metro das epopéias, tipo Ilíada e Odisséia ou Eneida e os Lusíadas. Fórmula: - -
“Tu /só,/ tu, /pu/ro A/mor, /com /for/ça /cru/a,"
11) hendecassílabo, hendecassilábico ou arte maior: 11 sílabas.
Ritmo: acento na 2a., 5a. e 11a. sílabas, ou na 5a. e 11a. sílabas.
Fórmula: - - - ou: - -
“Nos últimos cimos dos montes erguidos
Já silva, já ruge do vento o pegão;
Estorcem-se os leques dos verdes palmares,
Volteiam, rebramam, doudejam nos ares,
Até que lascados baqueiam no chão.” (Gonçalves Dias)
12) dodecassílabo ou alexandrino: 12 sílabas.
O termo “alexandrino” vem do fato dessa métrica ser empregada pela primeira vez por Alexandre de Bernay, século XII, num poema dedicado a Alexandre Magno (o Grande), amante do saber e rei da Macedônia, discípulo de Aristóteles, cujo pai foi contemporâneo de Demóstenes e alvo da sua eloqüente oratória denunciando a ambição imperialista de Filipos, concretizada por Alexandre – o Império Macedônio.
O alexandrino de doze sílabas é chamado francês, pois a designação também se estende ao verso de treze ou quatorze sílabas chamado alexandrino espanhol.
* Fala-se sobre o alexandrino espanhol nos poemas de Castro Alves. Consultar Anderson Braga Horta no site:ww.revista.agulha.nom.br/ande.html.
Regras ou “lei orgânica do alexandrino”:
1 – O primeiro hemistíquio não deve encerrar em palavra proparoxítona.
2 – Se o primeiro hemistíquio termina em paroxítona o segundo deve iniciar por
vogal ou “h”. Ex.:
A/ in/ven/ção/ mais/ be/la e/ su/bli/me /do/ Se/nhor. (Guilherme de Almeida)
An/te a/for/ça/ti/ra/na: hon/ra,/bri/o,/ven/cer!
3 – O segundo hemistíquio pode começar por vogal ou consoante se o primeiro
finalizar em oxítona.
Ex.: “Mur/mu/ram-/lhe um/ a/deus // a/ra/gens/ e ar/vo/redos” (Alberto de Oliveira)
“Pu/des/se a ins/pi/ra/ção, // que/ na /mi/nha al/ma an/seia” (Alberto de
Oliveira)
O alexandrino francês (12 sílabas) admite dois ritmos:
Ritmo clássico (verso alexandrino clássico): acento na 6a. e 12a. sílabas. Dois
hemistíquios de seis sílabas. Fórmula: - -
“Tu foste, como o Sol, / uma fonte de vida.” (Olavo Bilac)
Ritmo moderno (alexandrino moderno, romântico ou dodecassílabo quaternário): acento na 4a., 8a. e 12a. sílabas. Três grupos fônicos (verso trímetro).
Fórmula: - - -
Ex.: “Olhar de vi//da, olhar de gra//ça, olhar de amor...”


Classificação do verso quanto ao acento tônico da última palavra:
1) esdrúxulo ou dactílico: finaliza em palavra proparoxítona ou um pé de valsa
dáctilo (uma sílaba forte ou longa e duas fracas ou breves como no vocábulo “dáctilo”:
- ): “O Poeta trabalha!... A fronte pálida"
2) Grave ou inteiro: termina em palavra paroxítona.
“Amigo! O campo é o ninho do poeta..."
3) Agudo: A última palavra é oxítona ou monossílabo tônico.
"Da vida boiando à flor,"
Outras classificações:
1) bárbaro: verso com mais de 12 sílabas.
“O tempo nos parques gera silêncio do piar dos pássaros
Do passar dos passos, da cor que se move ao longe.” (Vinícius de Moraes)
2) verso livre: verso moderno ou pós-modernista onde o ritmo psicológico ou a
liberdade de criar o ritmo a cada leitura é mais importante que o ritmo matemático de
acentos obrigatórios.
3) verso palíndromo ou somente palíndromo, sotádico ou anacíclico: verso, palavra ou frase que se pode ler da esquerda para a direita e vice-versa sem alterar o sentido: "Bebe bebê" (ou: Bebê bebe).
4) verso leonino: verso em que os hemistíquios rimam.
“O semblante do ancião de súbito se encova.
Nos seus olhos de leão há um pranto que não cai.
Mesmo na maldição de tão bárbara prova.” (Humberto de Campos,
apud Dicionário Aurélio)
5) versos brancos ou versos soltos : versos não rimados.

Licença Poética (recursos disponíveis à metrificação):
Licença Poética é a liberdade arrogada pelos poetas de alterar, às vezes, a grafia ou pronúncia das palavras, desprezando um tanto as normas da gramática, no intuito de adaptá-las à medida e ritmo do verso. Por exemplo, pronunciar um hiato como ditongo:
pela gramática: AN-SI-E-DA-DE ( sie = si-e (hiato) )
na métrica poética licenciada: AN / SIE / DA / DE ( sie = siê (ditongo) )
etc.

Classificação das Estrofes:
Ao conjunto de um ou mais versos dá-se o nome de estrofe, estança ou estância.
Quando as estrofes de uma obra poética possuem o mesmo número de versos diz-se que são uniformes,
“Ó mortos meus, ó desabados mortos!
chego de viajar de todos os portos.

Volto de ver inóspitas paragens,
as mais profundas regiões selvagens.

caso contrário, tem-se estrofes combinadas (ex., quartetos com tercetos).
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Estâncias cujos versos tem mesma métrica ou número de sílabas poéticas chamam-se simples ou isométricas, caso contrário, serão heterométricas ou compostas.
Chamam-se simétricas as estrofes com mesmo número de versos e mesma métrica dos versos, ou seja, é a soma de uniforme + isométrica.
Estrofes regulares, quando seguem o mesmo esquema de rimas (cantas/tantas,
Falas/Calas. Esquema: AA BB) e métrica dos versos e cada estrofe não ultrapassa dez
versos.
Estrofe irregular: quando ultrapassa dez versos, ou não segue uma regularidade no esquema de rimas, ou combina versos de diferentes métricas.
As estrofes, na poesia tradicional, classificam-se quanto ao número de versos em:
a) monóstico: estância de um(1) só verso.
b) dístico ou parelha: estância de dois(2) versos.
c) terceto: estância de três(3) versos.
d) quadra ou quarteto: estância de quatro(4) versos.
- quadrinha ou trova: é uma quadra que por si só forma pequeno poema.
“Eu morro por Filomena,
Filomena por Joaquim,
O Joaquim por Madalena
E a Madalena por mim.” (João de Deus)
e) quintilha: estrofe de cinco(5) versos.
f) sextilha: estrofe de seis(6) versos.
g) setilha, sétima, setena ou hepteto: estrofe de sete(7) versos.
- Poesia-de-sete: estrofe de sete versos heptassílabos com o esquema de rimas: ABCBDDB.
h) Oitava ou octeto: estrofe de oito(8) versos.
- Oitava heróica, clássica ou italiana: é a estrofe empregada por Luís de Camões na epopéia os Lusíadas; compoem-se de versos decassílabos, os seis primeiros com rima alternada (AB AB AB) e os dois últimos com rima emparelhada (CC). O ritmo é clássico, heróico, com dois hemistíquios (acento na 6a. e 10a. sílabas).
- Oitava lírica: não obedece a esquematizações rígidas.
i) Nona ou Eneagésima: estrofe de nove(9) versos.
j) Décima: estrofe de dez(10) versos.

Classificação das Rimas:
Rima: é a semelhança ou igualdade de sons a partir da sílaba tônica das últimas
palavras de dois ou mais versos, ou mesmo no interior dos versos rimados (com partes de semelhança ou identidade sonora).
Os versos sem rima chamam-se brancos ou soltos.

As rimas podem ser classificadas quanto:

1) a acentuação:
a) aguda (ou masculina): as palavras rimadas são oxítonas ou monossílabos tônicos.
b) grave (ou feminina): os termos que rimam são paroxítonos.
c) esdrúxula (datílica ou proparoxítona): as palavras que rimam são proparoxítonas.

2) a extensão:
a) consoante, soante ou pura: coincidência de todas as letras (ou fonemas) a partir da sílaba tônica.
Perfeita: os mesmos fonemas, identidade perfeita: Rosa/formosa.
Imperfeita: a identidade de sons não é completa.
- homográfica: rima somente as letras, não os sons: belas(é) e estrelas (ê).
- homofônica: coincide os sons, não as letras: azuis / luz (=lúiz).
b) toante ou assoante: ocorre a rima pela vogal da sílaba tônica ou nesta e demais vogais seguintes: árvore / pálido; terra / pedra.

3) a colocação: posicionamento das rimas na estrofe.
i) paralelas (ou emparelhadas, quando duas a duas): aparecem em versos
consecutivos, em geral aos pares. Esquema rimático: AA, AAA, AABB, AABBCC, etc.
ii) alternadas, cruzadas ou entrelaçadas: os versos pares rimam se interpondo entre os versos ímpares rimados: Esquema de rimas: ABAB, ABABCBC, etc.
iii) interpoladas, intercaladas, enlaçadas ou opostas: dois versos rimados e separados por um outro ou outros dois ou mais também rimados de forma diferente. Esquema de rimas: ABA, ABBA, CDDDC, E ... E; etc.
iv) encadeadas: a palavra no final de um verso rima com palavra no meio de outro verso.
Esquemas: _________A _________A _________A
___A____ _____A___B _________B
____D____ _________C ____A____C
_________D _____C___B _____B___C

“Quando alta noite n’amplidão flutua
Pálida a lua com fatal palor,
Não sabes, virgem, que eu por ti suspiro
E que deliro a suspirar de amor.” (Castro Alves, apud(6), p. 143)

v) coroadas: ocorre quando as palavras rimadas se sucedem no mesmo verso. Exemplo:
“Desta alma a palma de risonhos sonhos,
Da mente ardente a inspiração do céu..."
vi) misturadas: não obedecem a esquema determinado.
vii) aliterantes: rima sugerida e sugestiva por aliteração (repetição de consoantes idênticas ou aproximadas no início dos vocábulos).
“Brancas bacantes bêbadas o beijam.” (Augusto dos Anjos)

“Vozes, veladas, veludosas vozes
volúpias dos violões, vozes veladas,
vagam nos velhos vórtices velozes
dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.” (Cruz e Sousa)

viii) assonantes: rima sugerida e sugestiva por assonância (repetição de um mesmo fonema vocálico).
“Ó Formas alvas, brancas, Formas claras” (Cruz e Sousa)

4) ao vocabulário:
a) pobre: as palavras que rimam são de mesma classe gramatical (substantivo com substantivo, adjetivo com adjetivo, etc.).
b) rica: as palavras rimadas não pertencem à mesma classe gramatical.
c) rara: difícil de encontrar, construída com palavras de poucas rimas possíveis:
“As estrelas em seus halos
Brilham com brilhos sinistros
Cornamusas e crotalos
Cítolas, cítaras, sistros" (Eugênio de Castro)

d) preciosa: rima forjada, artificial, forçadamente inventada.
Exemplo: vê-la e estrela; tranqüilo e ouvi-lo.

Poemática ou classificação dos Poemas tradicionais ou consagrados segundo a Forma e Conteúdo: Haicai, acróstico, triolé, glosa, soneto, canção, balada, lira, trova, cantigas, vilancete, esparsa, rondó, rondel, pantum, madrigal, hino, peã, ode, ditirambo, epitalâmio, terceto, décima, sextina, vilanela, poesia fantasmagórica ou mediúnica, pensamentos e aforismos, idílio, égloga, elegia, nênia, endecha, epitáfio, epicédio, sátira, epigrama, pensamento humorístico, fábula, apólogo, parábola, poema didático, epopéia heróica, poema épico, poema heróico, poema herói-cômico, poema burlesco, poemas pré-modernistas, modernistas e de vanguardas; todos podem ser declamados numa apresentação em jogral, leitura interpretativa ou teatralizada.

(Fontes de consulta: Unidade 1 - apostila Claretiano Teoria da Literatura II; e em um manual de poética "Formas da Poesia Tradicional" composto já há alguns anos para participar de concursos de poesia a partir de conteúdos esparsos reunidos em um volume, consultados nos seguintes livros: Português, vol. 1, 2,3,4, Domício Proença Filho e Maria Helena D. Marques, Editora Liceu; Estilos de Época na Literatura, Domício Proença Filho, Editora Liceu; Estudo Orientado de Língua e Literatura, Primeira, Terceira série, Editora do Brasil S/A, Audemaro T. Goulart e Oscar Vieira da Silva; Enciclopédia Ginasial Ilustrada, volume de Português, Editora Formar, Amílcar Monteiro Varanda e Assis Figueiredo S. Silva de Andrade; Aprenda a Fazer Versos, Manoel Macedo, Ediouro/98073 Grupo Coquetel; Português: Linguagens – Literatura, Gramática e Redação, William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães, Atual Editora, volume 1,3; Panorama da literatura portuguesa, William Roberto Cereja e Thereza Analia Cochar Magalhães, Atual Editora; Aprender é Festa, 3a. série, Edna Lourdes, Mancini Lapa e Maria Eunice Iost, Ibep; Literatura Brasileira (das origens aos nossos dias), José de Nicola, editora scipione; Língua e Literatura, Faraco & Moura, vol. 1, 2o. Grau, 25a. edição, editora Ática; A Criação Literária – Poesia, Massaud Moisés, Editora Cultrix, São Paulo; Curso Prático de Português (Literatura, Gramática, Redação), 2o. grau – programa completo, Luís Agostinho Cadore, Editora Ática; Presença da Literatura Brasileira – Das origens ao Romantismo/ Do Romantismo ao Simbolismo/ Modernismo , j. aderaldo castello e antônio cândido, editora difel. Nossa Cultura, Geraldo Mattos, Português para o Primeiro Colegial, Editora F.T.D; Nossa Cultura, Geraldo Mattos, Português para o Segundo Grau, Segunda/Terceira Série, Editora F.T.D; Língua, Literatura e Redação, João Domingues Maia, volume 1, Editora Ática; Nova Visão – Literatura, Linguagem, Redação, Braz Ogleari e Tarcílio Arcanjo Pereira, 2o. volume (segunda série do Segundo Grau), Editora Ibep – Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas, Rua Joli, 294, fone: 291-2355 – São Paulo – Capital; Estudos de Literatura Portuguesa, Douglas Tufano, Editora Moderna; Estudos de Língua e Literatura, Douglas Tufano, Vol. 1/2/3, Editora Moderna; Introdução à Teoria da Literatura, Antônio Soares Amora, Ed. Cultrix; Teoria da Literatura, Antônio Soares Amora, Editora Clássico-Científica; Aspectos Estilísticos da Língua Portuguesa, José Brasileiro Vilanova, Casa da Medalha Ltda., Recife; Técnica de Estilo, Albertina Fortuna Barros, Editora Fundo de Cultura, 2a. edição; Curso de Oratória e Retórica, Mário Ferreira dos Santos, Editora Logos, 5a. edição; Linguagens – Estrutura e Arte (Língua, Literatura e Redação), Rose Jordão e Clenir Bellezi de Oliveira, Editora Moderna; Cultura, Literatura e Língua Nacional, Maria da Glória Sá Rosa e Albana Xavier Nogueira, Editora do Brasil S/A, segundo grau, volume III; Introdução ao Estudo da Literatura, Audemaro Taranto Goulart e Oscar Vieira da Silva, Editora Lê S/A; Literatura Gramática & Redação, Maria Aparecida Paschoalin e Neuza Terezinha Spadoto, Volume 1, Editora FTD SA, Rua Rui Barbosa, 156 (Bela Vista – São Paulo – Capital); Grandes Sonetos da Nossa Língua, José Lino Grünewald, Editora Nova Fronteira.)

Resumo biográrfico de Carlos Drumond de Andrade e alguns acontecimentos históricos da época em que viveu:

Nasceu em Itabira do Mato Dentro, Minas Gerais, em 31 de outubro de 1902. O nono filho de uma família de fazendeiros, de Carlos de Paula Andrade e dona Julieta Augusta Drummond de Andrade. Inicia o primário em 1910 no Grupo Escolar Dr. Carvalho Brito, em Itabira. Em 1916, como aluno interno do Colégio Arnaldo em Belo Horizonte, conhece dois futuros companheiros de atividade política e intelectual Afonso Arinos de Melo Franco e Custavo Capanema, este mais tarde como Secretário do Interior de Minas o coloca em 1930 como chefe de seu gabinete e mais à frente em 1934 o chama para acompanhá-lo quando assume o Ministério da Educação Pública. Deixa o colégio no segundo ano devido a problemas de saúde e em 1917 toma aulas particulares com o professor Emílio Magalhães, em Itabira. Vai em 1918 a Nova Friburgo, RJ, 16 anos a fazer, para matricular-se no Colégio Anchieta da Companhia de Jesus; neste mesmo ano sai-se bem em certame literário e seu irmão Altivo publica em um jornalzinho de maio o seu poema em prosa "Onda". Em 1919 desentende-se com o professor de português e é expulso pelos jesuítas por "insubordinação mental". Muda-se em 1920 para Belo Horizonte, com a família, e em 1921 começa a sua carreira de escritor colaborando no jornal Diário de Minas o qual reunia modernistas mineiros. Vem 1922 e ganha prêmio de 50 mil réis pelo conto "Joaquim do Telhado" no concurso Novela Mineira, publica também escritos nas revistas "Todos" e "Ilustração Brasileira".
Por insistência da família entra em 1923 para a Escola de Odontologia e Farmácia, Belo Horizonte, da qual sairá diplomado farmacéutico em 1925 (não chegando a exercer a profissão); ano em que funda A Revista com dois amigos escritores, de vida breve (3 números) torna-se veículo de afirmação do modernismo em Minas, casa-se com a senhorita Dolores Dutra de Morais (contadora em uma fábrica de sapatos de Belo Horizonte). Em 1924 conhece quando retornavam de excursão às cidades históricas via Belo Horizonte, no Grande Hotel desta cidade, os modernistas Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira e Tarsila do Amaral. Mantém permanente intercâmbio via correspondências com Mário de Andrade, manifesta também em carta a Manuel admiração por sua obra poética. Em 1926, leciona no Ginásio Sul-Americano de Itabira as disciplinas Geografia e Português, torna-se redator-chefe do Diário de Minas. Em 1927 mal nasce e já falece o seu filho que seria chamado Carlos Flávio. Em 1928, nasce e vive, cresce e desabrocha a sua filha e companheira pela vida Maria Julieta (ambos falecem em 1987, ela antes, ele logo depois), a Revista Antropofagia publica o seu poema "No Meio do Caminho", considerado como escândalo aos conservadores (39 anos após publicará o poema "Uma pedra no meio do caminho"), trabalha como auxiliar de redação da Revista de Ensino da Secretaria de Educação. Deixa em 1929 o Diário de Minas para ser auxiliar de redação do jornal Minas Gerais, órgão oficial do Estado mineiro. Publica em 1930 o seu primeiro livro "Alguma Poesia", com edição de 500 exemplares paga pelo autor. No ano seguinte (1931) falece o seu pai aos 70 anos. Em 1933 é redator de A Tribuna. Volta a ser redator dos jornais Minas Gerais, Estado de Minas e Diário da Tarde, isso simultaneamente em 1934; neste ano publica "Brejo das Almas" com 200 exemplares, muda-se para o Rio de Janeiro com a esposa e filha para ser chefe de gabinete de Gustavo Capanema, amigo seu de infância. Membro da Comissão de Eficiência do Ministério da Educação em 1935. Em 1940 publica "Sentimento do Mundo" com tiragem de 150 exemplares, distribuídos entre amigos. Em 1942 a Livraria José Olympio Editora publica "Poesias (José)", José Olympio, seu editor, é o primeiro a se interessar pela sua obra poética. Bom, e por aí vai, em 1945 "A Rosa do Povo" e a novela "O Gerente". Nas poesias de 40,42 e 45 tem a esperança de um mundo melhor e mais justo. Em 1948 "Poesia até agora", falece a sua mãe. A filha em 1949 casa-se com o escritor e advogado Argentino Manuel Graña e vai viver em Buenos Aires divulgando lá a cultura brasileira. Nasce o seu primeiro neto Carlos Manuel em 1950 e vai visitá-los. Publica "Claro Enigma", "Contos de Aprendiz" e "A mesa" em 1951, "Passeios na Ilha" e "Viola de Bolso" em 1952. Nasce outro neto Luis Mauricio em 1953 a quem dedica o poema "A Luis Mauricio infante". Em 1954 publica "Fazendeiro do Ar & Poesia até agora". Inicia no Correio da Manhã a série de crônicas "Imagens", mantida até 1969. Em 1955 publica "Viola de Bolso novamente encordoada" e em 1957 "Fala, amendoeira" e "Ciclo". Nasce o terceiro neto em 1960. "Lição de coisas", "Antologia Poética" e "A bolsa & a vida" sai 1962, aposenta-se como Chefe de Seção após 35 anos de serviço público, recebendo carta de louvor do Ministro da Educação. "Cadeira de Balanço" vem 1966, "Boitempo & A falta que ama", em 1968. E assim vai indo, "Amor, Amores" em 1975, "A visita", "Discurso de primavera e algumas sombras" e "Os dias lindos" em 1977", ..., assina em 1984 contrato com a Editora Record e deixa a José Olympio. Em 1985, "Amar se aprende amando"..., etc. (para mais detalhamento e extensão da vida drummoniana veja-se o site www.releituras.com/drummond_bio.asp e outras buscas possíveis na internet e bibliotecas).

Ainda na Velha República (1889-1930) viveu o governo Rodrigues Alves (1902-1906); enquanto criança, no Brasil era a luta contra ratos e mosquitos, a febre amarela e a peste bubônica e a varíola, a atuação do médico sanitarista Osvaldo Cruz e a revolta contra a vacina obrigatória. Em seguida entra Afonso Pena (1906-1909) e seu lema "governar é povoar", com incentivo à imigração; em 1908 aporta em Santos o navio Kasato Maru com 168 famílias de japoneses (781 imigrantes). Falece Pena em 1909 e assume o vice Nilo Peçanha. Nas eleições de 1910 perde o civil Rui Barbosa apoiado por São Paulo para o militar gaúcho Hermes da Fonseca apoiado por Minas o qual irá governar de 1910 a 1914, tendo de enfrentar algumas revoltas: a de Juazeiro liderada por padre Cícero (1911 - amigo da família Accioli procurava restabelecê-la no poder e tirar o coronel Franco Rabelo do comando), a da Chibata (por marinheiros que sofriam castigos corporais severos) e a de Contestado (1912-1916 - fronteira Paraná/Santa Catarina, de sertanejos por terras cedidas pelo governo a empresa estrangeira). Em o vice de Hermes, Venceslau Brás é eleito para 1914-1918, tempos esses da Primeira Guerra Mundial. Brasil permaneu neutro até 1917 quando submarinos alemães torpedeiam navios da pátria. Ocorreu também o declínio das exportações de borracha pelo cultivo na Ásia (Malásia e Ceilão), greves operárias e a Greve Geral de 1917. Entra em seguida o paraibano Epitácio Pessoa (1919-1922) apoiado por São Paulo e Minas em desfavor da candidatura de Rui Barbosa; termina com a Revolta Tenentista e a Semana de Arte Moderna em fevereiro de 22, e também é fundado o Partido Comunista do Brasil (PCB) o qual em julho é declarado ilegal, voltando a legalidade somente em janeiro de 1927. Como combinado na política café-com-leite o mineiro Artur Bernardes torna-se o novo presidente de 1922-1926. Governa em estado de sítio e revoltas tenentistas, com apoio do Congresso reforma a Constituição de 1891 para fortalecer o poder Executivo e expulsar estrangeiros contrários à ordem sócio-político-econômica do país. Chega então o fluminense civil Washington Luís (1926-1930) e aprova a Lei Celerada a qual restringia a liberdade de imprensa; a questão social e operária para ele era caso de polícia e seu lema "abrir estradas é governar", a economia passava por dificuldades pela quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929. Minas se aliou ao Rio Grande do Sul e Paraíba e lançaram Getúlio Vargas pela Aliança Liberal contra o presidente Washington. Em 1930 sai vitorioso Júlio Prestes, a Aliança alega fraude, o vice de Getúlio João Pessoa é assassinado em Recife, eclode a Revolução de 1930 e em 24 de outubro Washington Luís é deposto por uma Junta Militar e assume Getúlio Vargas, inicia a República Nova ou Era Vargas (1930-1945) . Como Governo Provisório (1930-1934) Vargas combate a revolta dos paulistas perdedores com a situação que sofrendo intervenção federal armam-se, eclodindo a Revolução Constitucionalista de 1932 que resultou em uma nova Constituição em 1934. De 1934 a 1937 há um Governo Constitucional Indireto, o Congresso Nacional indiretamente elegeu Getúlio presidente, em razão disso sofre forte oposição política da Aliança Nacional Libertadora de extrema esquerda (Luís Carlos Prestes defendia um governo popular e ampla reforma agrária, não pagamento da dívida externa e nacionalização de empresas alienígenas no país) e da Ação Inegralista Brasileira de extrema direita (com forte influência do nazi-fascismo, pois já se avizinhava a segunda grande guerra...). Assim, em 1937 é elaborada uma nova Constituição e outorgada (a que decorre de sistema autoritário, é imposta por ato de força,ou seja, sem a participação do povo: as de 1924, 1937, 1967, 1969), centralizando amplos poderes nas mãos de Getúlio Vargas, inicia-se o Estado Novo (1937-1945). Passa a controlar os sindicatos, dissolve o Congresso Nacional, extingue partidos políticos (os integralistas revoltam-se e tentam atacar o Palácio do Catete e assassiná-lo, ocorrendo a prisão de vários e sendo expulso o líder para Portugal), cria o DASP para administrar o serviço público e o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) responsável pelo programa de rádio a Hora do Brasil e pela censura, adota política nacionalista e intervencionista de estímulo à criação de indústrias de base (surgem a Companhia Siderúrgica Nacional e a Companhia Vale do Rio Doce), incentiva as exportações e restringe as importações com fortalecimento do mercado interno e expansão do mercado externo, promulga a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) garantindo vários direitos aos trabalhadores, é um avança Brasil impulsionado pelas firmes mãos do velhinho, embora isto sendo feito em plena época de ditaduras e extremos regimes de direita... Bom, e por aí vai..., vem Juscelino, Jânio, o regime militar iniciado em 1964, a abertura a partir de 1984, as diretas-já e Ulisses Guimarães, o PSDB, PT, PMDB, e a morte antes da promulgação (votada por representantes do povo eleitos para esse fim; as de 1891, 1934, 1946, 1988) da Constituição de 1988 do Drummond de Andrade e sua filha Julieta.
(fonte: História e Geografia do Brasil - Central de Concursos, 9a. edição - 2008; conceito de outorga e promulção consultado em Direito Constitucional de Alexandre José Granzotto - 2002)

Poema-Cartaz e o Tropicalismo:
“Na década de 60, à época dos famosos festivais de MPB realizados pela antiga TV
Record, surgiram alguns jovens com uma linguagem, verbal e musical, completamente
diferente daquela que predominava. O ponto de partida do movimento foi o III Festival de
MPB da TV Record, realizado em 1967, do qual saíram vencedores Gilberto Gil e Caetano
Veloso, com suas composições Domingo no parque e Alegria, alegria, respectivamente”

II) conteúdos procedimentais (“O que se deve saber fazer?” ): Leitura e análise de poemas de Drummond.


i.2) processos intensificadores: analisar se há nos poemas escolhidos reiteração, anáfora, aliteração e assonância, onomatopeia, paralelismo, refrão. (Unidade 2 - apostila Claretiano Teoria da Literatura II.)

i.3) imagística: notar as imagens do poema, comparações, metáforas, sinestesia, metonímia, antítese e paradoxo, prosopopeia. (Unidade 3,4 - apostila Claretiano Teoria da Literatura II.)

i.4) interpretação: efetuar a leitura crítica dos poemas selecionados, entender a pluralidade das leituras possíveis. (Unidade 5 - apostila Claretiano Teoria da Literatura II.)
O livro 21 - Literatura II, Coleção Objetivo, pág.95, indica a abordagem de interpretação da poesia de Drummond segundo a dialética "Eu X Mundo":
a) "Eu maior que o Mundo": poesia irônica, poemas-piada, humor, pouco sentimento, texto objetivo e seco; o poeta vê os conflitos e não se envolve; é o que ocorre em Alguma Poesia (1930) e Brejo das Almas (1934).
Ex.: POLÍTICA LITERÁRIA
O poeta municipal
discute com o poeta estadual
qual deles é capaz de bater o poeta federal.
Enquanto isso o poeta federal
tira ouro do nariz.
* ouro = meleca
Outros nesse tom: Quadrilha, Cidadezinha Qualquer, Família, Cota Zero.

b) "Eu menor que o Mundo": poesia social, temas sobre política, guerra e o sofrimento do homem, esperança de um mundo melhor e mais justo. Entra aqui Sentimento do Mundo (1940), Poesias (José: 1942) e a Rosa do Povo (1945), os poemas Mãos Dadas, Os Ombros Suportam o Mundo, Confidência do Itabirano.

c) "Eu igual ao Mundo": poesia metafísica, escava o real e acaba revelando um vazio à espreita do homem, abolição de toda crença, o apagar de toda esperança, uma negatividade traduzida pela expressão da dor, do vazio, da angústia: Claro Enigma (1951);
Ex.: O ENTERRADO VIVO
É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.

Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.

CONCLUSÃO
Então, desanimamos. Adeus, tudo!
A mala pronta, o corpo desprendido,
resta a alegria de estar só e mudo.

De que se formam nossos poemas? Onde?
Que sonho envenenado lhes responde,
se o poeta é um ressentido, e o mais são nuvens?

e poesia objetual, aproxima-se do concretismo, operações técnicas das vanguardas de 1950/60, ruptura com a sintaxe, a rima final ou interna, a assonância e aliteração, o eco e a repetição obrigatória: Lição de Coisas(1962).
Ex.: ISSO É AQUILO
O fácil o fóssil
o míssil o físsil
a arte o infarte
o ocre o canopo
a urna o farniente
a foice o fascículo
a lex o judex
o maiô o avô
a ave o mocotó
o só o sambaqui
.............................

1) Poema 1: No Meio do Caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Análise:
a) é uma décima, estrofe heterométrica única de 10 versos, irregular (não segue uma regularidade no esquema de rimas, combina versos de diferentes métricas).
b) - versos com diferentes medidas: dois tetrassílabos (Ti/nha u/ma/pedra), um decassílabo, cinco hendecassílabos, um dodecassílabo, dois bárbaros (13 sílabas poéticas).
- quanto ao acento tônico da última palavra: versos graves ou inteiros (paroxítonas);
- versos livres: ritmo ao sabor do gosto psicológico do intérprete; vai à moda modernista.
c) Rimas:
Fórmula rimática: A = meio, B=...minho, C=tinha, D=pedra, E=nunca, F=...rei, G=gadas
---
A B C D
C D A B
C D
A B C D
E F
G
E F A B
C D
C D A B
A B C D

Considerando a última palavra vem: DBDDF G BDBD

- quanto a acentuação: graves ou femininas (rimam paroxítonas), e uma aguda ou masculina (esquecerei).
- quanto a extensão: soantes perfeitas (rimam a mesma palavra em versos diferentes).
- quanto a colocação: há rimas encadeadas e interpoladas (DBD, BDB), emparelhadas (DD), e alternadas (BDBD).
- quanto ao vocabulário: rimas pobres.

d) processos intensificadores: tem reiterações (meio... meio, caminho... caminho... pedra... pedra, etc.) com inversão de frases ("no meio do caminho tinha uma pedra"/"tinha uma pedra no meio do caminho"), anáfora (tinha uma.../tinha uma..., no meio.../no meio..., nunca.../nunca...), paralelismos (tipo anáfora paralelística).

e) imagística: vejo prosopopeia na expressão "retinas tão fatigadas", pois quem se cansa é o homem, e assim sendo seria também uma metonímia. Texto conotativo, há metáfora que subjaz o sentido literal, real, denotativo das palavras empregadas: Caminho se indo e pedra a lembrar dificuldade, tropeção, confusão, preocupação, incômodo de algo que não se resolve.

f) Vamos a lá interpretar?:
Nunca esquecerei esse acontecimento: Ai!, que topada!! Uma brecada inesperada do sossego do andar pela calçada da praia e ter um buraco com uma saliente pedra ao chão? Tem-se uma parada súbita, uma batida, uma interrupção da frase pela imaginação a sentir a pedra, é a pedra no caminho...
No caminho tinha uma pedra, a pedra estava no caminho...: Ê diacho de pedra!!! Ui, bati novamente! Outra nessa calçada!?, mas que diacho!, essa pedra tinha que estar por aí!? Machuquei o dedo, torci o pé, está sangrando, este sapato de pelica mole é um nada, como dói! E incomoda uma pedra, pedriinha que entrou bem dentro do sapato no outro pé, embaixo da sola do pé... E incomoda também aquele quê na cabeça, a incógnita, a preocupação, o problema que ainda está sem solução, a psicalgia de um querer ser de algo ou ter feito de tal ou qual forma e foi em sendo e feito com mal jeito ou ocorrido sem o querer nas trombadas da vida já perdida no tempo, na lembrança-pedra, e incomoda em de fato como uma pedra, uma pedrona pesando sobre a cabeça, dentro dos miolos e nos neurônios raspando gerando tiques nervosos, músculos tesos, fobias, medos... Porém, o tempo cura feridas, mal jeitos, o tempo rói as pedras, o vento as leva em poeiras, alisa-as, granuliza-as, vai, enfim, à poeira que quando bate nada dói ou produz ais, e vai em de fato desmanchando-se em conteúdos-espaço inespaço das más lembranças incomodantes para o não mais incomodar, ressignificar sem esquecer, refazer, e sumir em por encantos de aprendizado aprendido, virado de monturo a esterco aproveitável, adubo, força, luz, sol, flores, verdes matas, jardins, florestas, vidas, e existências infinitas, igualmente passageiras a estarem em algum ponto do tempo e espaço...
Portanto, uma interpretação é esta: pedra é algo que incomoda, é dura, machuca.

Audemaro T. Goulart e Oscar V. Silva em Estudo Orientado de Língua e Literatura, ed. do Brasil - SP, acrescentam isso: "sua técnica de composição consiste sobretudo na perturbação das formas líricas tradicionais, onde deparamos solecismos [infração das regras de sintaxe (qualquer erro de sintaxe): ”Não lhe conheço. Vou no cinema.” (por “Não o conheço. Vou ao cinema.”); “Entre eu e você não há cerimônia (em vez de: Entre mim e você não há cerimônia.); “Cheguei muito cedo em São Paulo (no lugar de: Cheguei muito cedo a São Paulo.), etc..] tais como o uso inadequado do verbo 'ter' no lugar de 'haver': no meio do caminho tinha (em vez de 'havia') uma pedra; (em Drummond) é também de se notar a corrupção de certas palavras como quirieleisão (por Kyrie Eleison), 'ponhamos' (por suponhamos), além de construções avessas às normas linguísticas como a locução 'que nem' , ou a expressão 'eta vita besta'."

Seguindo os mesmos passos acima analisar e interpretar os poemas abaixo:


2) Poema 2: O MUNDO É GRANDE

O mundo é grande e cabe
nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.



3) Poema 3: Quadrilha
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou pra tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

4) Poema 4: SENTIMENTO DO MUNDO
Tenho apenas duas mãos
e o sentimento do mundo,
mas estou cheio de escravos,
minhas lembranças escorrem
e o corpo transige
na confluência do amor.

Quando me levantar, o céu
estará morto e saqueado,
eu mesmo estarei morto,
morto meu desejo, morto
o pântano sem acordes.

Os camaradas não disseram
que havia uma guerra
e era necessário
trazer fogo e alimento.
Sinto-me disperso, anterior a fronteiras,
humildemente vos peço
que me perdoeis.

Quando os corpos passarem,
eu ficarei sozinho
desafiando a recordação
do sineiro, da viúva e do microscopista
que habitavam a barraca
e não foram encontrados
ao amanhecer
esse amanhecer
mais que a noite.

5) Poema 5: JOSÉ
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio, o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou; quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?
6) Poema 6: Poesia

Gastei uma hora pensando em um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
7) Poema 7: Diante de uma criança
Como fazer feliz meu filho?
Não há receitas para tal.
Todo o saber, todo o meu brilho
de vaidoso intelectual

vacila ante a interrogação
gravada em mim, impressa no ar.
Bola, bombons, patinação
talvez bastem para encantar?

Imprevistas, fartas mesadas,
louvores, prêmios, complacências,
milhões de coisas desejadas,
concedidas sem reticências?

Liberdade alheia a limites,
perdão de erros, sem julgamento,
e dizer-lhe que estamos quites,
conforme a lei do esquecimento?

Submeter-se à sua vontade
sem ponderar, sem discutir?
Dar-lhe tudo aquilo que há
de entontecer um grão-vizir?

E se depois de tanto mimo
que o atraia, ele se sente
pobre, sem paz e sem arrimo,
alma vazia, amargamente?

Não é feliz. Mas que fazer
para consolo desta criança?
Como em seu íntimo acender
uma fagulha de confiança?

Eis que acode meu coração
e oferece, como uma flor,
a doçura desta lição:
dar a meu filho meu amor.

Pois o amor resgata a pobreza,
vence o tédio, ilumina o dia
e instaura em nossa natureza
a imperecível alegria.


8) Poema-pilula 8: COTA ZERO
Stop.
A vida parou
ou foi o automóvel?

9) Poema 9: CIDADEZINHA QUALQUER
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.
Um cachorro vaia devagar.
Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus.

10) Poema 10:
Os ombros suportam o mundo
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.


11) Poema 11:
Um Homem e seu Carnaval
(de Brejos das Almas, 1971)

Deus me abandonou
no meio da orgia
entre uma baiana e uma egípcia.
Estou perdido.
Sem olhos, sem boca
sem dimensões.
As fitas, as cores, os barulhos
passam por mim de raspão.
Pobre poesia.

O pandeiro bate
é dentro do peito,
mas ninguém percebe.
Estou lívido, gago.
Eternas namoradas
riem para mim
demonstrando os corpos,
os dentes.
Impossível perdoá-las,
sequer esquecê-las.

Deus me abandonou
no meio do rio.
Estou me afogando
peixes sulfúreos
ondas de éter
curvas curvas curvas
bandeiras de préstitos
pneus silenciosos
grandes abraços largos espaços
eternamente.

12) Poema 12:
Poema de Sete Faces
(de Alguma Poesia, poema de abertura)

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.


13) Poema 13:
As sem razões do amor
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.


III) conteúdos atitudinais ( “Como se deve ser?”): liberdade de expressão e interpretação, respeito aos pontos de vista diferentes quando reunidos em grupos para preparação de declamações e apresentação de jograis construídos a partir de poemas do poeta em foco. Ou seja, a aula finaliza com uma lição de casa: preparar uma récita de poemas de Drummond para apresentação em palco do colégio.

4) Conclusão: Em quatro horas de aula intensiva espera-se que os alunos suem bastante e absorvam sobre quem foi o poeta e homem Carlos Drummond de Andrade, como foi o seu fazer poético, qual o valor do seu pensar sobre si, o mundo e as pessoas para a atual geração e futuras. Aventurou-se nas experiências da modernidade?, escreveu somente poemas em formas fixas tradicionais com métrica, rimas e ritmos já consagrados ou avançou em versos brancos (sem rimas) e livres (tipo de verso moderno ou pós-modernista onde o ritmo psicológico ou a liberdade de criar o ritmo a cada leitura é mais importante que o ritmo matemático de acentos obrigatórios; mais valendo o conteúdo psicológico e a expressão desejada pelo autor ou a interpretação recitada ou lida dramaticamente por um declamador em uma récita ou recital literário, ou sarau musical-poemático)? Houve algum de versos bárbaros (com mais de 12 sílabas poéticas)? Em poemas concretos e mais modernos de pós 1922 conseguir expressar-se a contento? Enfim, também conhecer um ou dois exemplos interessantes de suas crônicas.

Adendo:
Não é este um poema mas... É uma crônica de Drummond quase que piada-do-desespero, de humor noturno, soturno, pêgo e frio de medo ante má surpresa inesperanda do contato da violência urbana, do perigo... Vale a conhecer, e pode ser para leitura dramática em grupo (em: www.releituras.com/drummond_menu.asp):
Depois do jantar
Carlos Drummond de Andrade
Também, que idéia a sua: andar a pé, margeando a Lagoa Rodrigo de Freitas, depois do jantar.

O vulto caminhava em sua direção, chegou bem perto, estacou à sua frente. Decerto ia pedir-lhe um auxílio.

— Não tenho trocado. Mas tenho cigarros. Quer um?

— Não fumo, respondeu o outro.

Então ele queria é saber as horas. Levantou o antebraço esquerdo, consultou o relógio:

— 9 e 17... 9 e 20, talvez. Andaram mexendo nele lá em casa.

— Não estou querendo saber quantas horas são. Prefiro o relógio.

— Como?

— Já disse. Vai passando o relógio.

— Mas ...

— Quer que eu mesmo tire? Pode machucar.

— Não. Eu tiro sozinho. Quer dizer... Estou meio sem jeito. Essa fivelinha enguiça quando menos se espera. Por favor, me ajude.

O outro ajudou, a pulseira não era mesmo fácil de desatar. Afinal, o relógio mudou de dono.

— Agora posso continuar?

— Continuar o quê?

— O passeio. Eu estava passeando, não viu?

— Vi, sim. Espera um pouco.

— Esperar o quê?

— Passa a carteira.

— Mas...

— Quer que eu também ajude a tirar? Você não faz nada sozinho, nessa idade?

— Não é isso. Eu pensava que o relógio fosse bastante. Não é um relógio qualquer, veja bem. Coisa fina. Ainda não acabei de pagar...

— E eu com isso? Então vou deixar o serviço pela metade?

— Bom, eu tiro a carteira. Mas vamos fazer um trato.

— Diga.

— Tou com dois mil cruzeiros. Lhe dou mil e fico com mil.

— Engraçadinho, hem? Desde quando o assaltante reparte com o assaltado o produto do assalto?

— Mas você não se identificou como assaltante. Como é que eu podia saber?

— É que eu não gosto de assustar. Sou contra isso de encostar o metal na testa do cara. Sou civilizado, manja?

— Por isso mesmo que é civilizado, você podia rachar comigo o dinheiro. Ele me faz falta, palavra de honra.

— Pera aí. Se você acha que é preciso mostrar revólver, eu mostro.

— Não precisa, não precisa.

— Essa de rachar o legume... Pensa um pouco, amizade. Você está querendo me assaltar, e diz isso com a maior cara-de-pau.

— Eu, assaltar?! Se o dinheiro é meu, então estou assaltando a mim mesmo.

— Calma. Não baralha mais as coisas. Sou eu o assaltante, não sou?

— Claro.

— Você, o assaltado. Certo?

— Confere.

— Então deixa de poesia e passa pra cá os dois mil. Se é que são só dois mil.

— Acha que eu minto? Olha aqui as quatro notas de quinhentos. Veja se tem mais dinheiro na carteira. Se achar uma nota de 10, de cinco cruzeiros, de um, tudo é seu. Quando eu confundi você com um, mendigo (desculpe, não reparei bem) e disse que não tinha trocado, é porque não tinha trocado mesmo.

— Tá bom, não se discute.

— Vamos, procure nos... nos escaninhos.

— Sei lá o que é isso. Também não gosto de mexer nos guardados dos outros. Você me passa a carteira, ela fica sendo minha, aí eu mexo nela à vontade.

— Deixe ao menos tirar os documentos?

— Deixo. Pode até ficar com a carteira. Eu não coleciono. Mas rachar com você, isso de jeito nenhum. É contra as regras.

— Nem uma de quinhentos? Uma só.

— Nada. O mais que eu posso fazer é dar dinheiro pro ônibus. Mas nem isso você precisa. Pela pinta se vê que mora perto.

— Nem eu ia aceitar dinheiro de você.

— Orgulhoso, hem? Fique sabendo que tenho ajudado muita gente neste mundo. Bom, tudo legal. Até outra vez. Mas antes, uma lembrancinha.

Sacou da arma e deu-lhe um tiro no pé.

Texto extraído do livro "Os dias lindos", Livraria José Olympio Editora — Rio de Janeiro, 1977, pág. 54.





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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Contar histórias em sala de aula.

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• Semântica
• Sintaxe
DÚVIDAS DO DIA-A-DIA
1. Este? Esse? Aquele?
Qual é a diferença entre estes termos e de que forma empregá-los?
2. Gerúndio
Quais são os casos em que esta forma nominal não é aplicável?
3. Para eu ou para mim?
Conheça as regras que regem o uso destas ocorrências.
4. Verbos Abundantes
PRODUÇÃO TEXTUAL
• Estilo Textual
Utilizando o paralelismo sintático e o paralelismo semântico na construção textual.
• Texto dissertativo
A dissertação argumentativa é comumente requisitada em concursos e vestibulares.
Veja mais
LINGUAGEM PADRÃO
1. Colocação Pronominal
Compreenda como se dá a correta colocação dos pronomes oblíquos átonos.
2. Vocábulo como
Conheça as diferentes funções assumidas por este termo na frase.



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Língua Portuguesa

Entenda a importância do estudo da língua portuguesa e saiba por que é fundamental o aperfeiçoamento da arte de usá-la.

Saiba também para que serve a gramática e qual o objetivo e importância de cada uma de suas partes.

Língua Portuguesa
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AMANTE DE LÍNGUA PORTUGUESA!

AMANTES DE LÍNGUA PORTUGUESA

OBS: Você que quer se especializar e é um amante da Língua Portuguesa, busca essas bibliografias a seguir, estão bem claras de acordo com seu interesse.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

Estudos lingüísticos
VOCÊ ENCONTRARÁ->

Gramáticas
BECHARA, E. (1999) Moderna Gramática Portuguesa. Edição revista e ampliada. Rio de Janeiro: Editora Lucerna.
CUNHA, C. & L. CINTRA (1985) Breve Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa: Edições João Sá da Costa.
MATEUS, M. H., A. M. BRITO, I. DUARTE & I. H. FARIA (1989) Gramática da Língua Portuguesa. 2ª edição revista e aumentada. Lisboa. Caminho. (3ª edição, 1992)

Dicionários de Lingüística
CRYSTAL, D. (1985) A Dictionary of Linguistics and Phonetics. Oxford: Blackwell.
CRYSTAL, D. (1987) The Cambridge Encyclopedia of Language. Cambridge: Cambridge Univ. Press.
DUBOIS, J. et alii (1973) Dictionnaire de Linguistique. Paris: Larousse.
MATEUS, M. H. & M. F. XAVIER (orgs) Dicionário de Termos Lingüísticos. Vol 1 (1990), vol. 2 (1992). Lisboa: Cosmos.

Livros de texto a consultar
FROMKIN, V. & R. RODMAN (1998) An Introduction to Language. 6ª edição revista. Orlando. Harcourt Brace Jovanovich. (Trad. port. da 4ª edição, Coimbra: Livraria Almedina, 1993).
FROMKIN, V. (ed.) (2000) Linguistics: An Introduction to Linguistic Theory. Massachusetts e Oxford: Blackwell.
PINKER, S. (1995) The Language Instinct. How the Mind Creates Language. Nova Iorque: Harper Perennial (1ª edição, 1994).

Clássicos
BENVENISTE, E. (1966) Problèmes de Linguistique Générale. 2 vols. Paris: Gallimard.
BLOOMFIELD, L. (1933) Language. Londres: Allen & Unwin. (Trad. francesa, Paris: Payot, 1970)
CHOMSKY, N. (1957) Syntactic Structures. Haia: Mouton. (Trad. francesa, Paris, Seuil, 1969)
CHOMSKY, N. (1965) Aspects of the Theory of Syntax. Cambridge, Mass: The MIT Press. (Trad. portuguesa, Coimbra: Arménio Amado, 1978)
CHOMSKY, N. (1986) Knowledge of Language. Its Nature, Origin and Use. Nova Iorque: Praeger. (Trad. portuguesa, Lisboa: Caminho, 1994)
JAKOBSON, R. (1963) Essais de Linguistique Générale. Paris: Les Éditions de Minuit.
MARTINET, A. (1960) Éléments de Linguistique Générale. Paris. Librairie Armand Colin. (Trad. portuguesa, Lisboa, Livraria Sá da Costa, 1964)
MATTOSO CÂMARA Jr, J. (1954) Princípios de Lingüística Geral. Rio de Janeiro. Livraria Acadêmica.
SAPIR, E. (1921) Language. Nova Iorque: Harcourt, Brace & Company.
SAUSSURE, F. de (1916) Cours de Linguistique Générale. Edição crítica de T. de Mauro. Paris: Payot. 1975.
"Thèses. Mélanges linguistiques dédiés au premier congrès des philologues slaves." In Travaux du Cercle Linguistique de Prague 1: 5-29. 1929.

NOÇÕES FUNDAMENTAIS ACERCA DA RELAÇÃO ENTRE LINGÜÍSTICA E ENSINO DE GRAMÁTICA.


BIBLIOGRAFIA BÁSICA

BRITTO, Luiz Percival L. & D'ANGELIS, Wilmar R. Gramática de preconceitos. Em Dia: Leitura & Crítica. Campinas: ALB, abril de 1998, n° 2, p. 2-3.
BRITTO, L. P. L. A sombra do caos: ensino de língua x tradição gramatical. Campinas: Mercado Aberto, 1997.
CARONE, Flávia de Barros (1993). Subordinação e Coordenação. Confrontos e contrastes. (3a. ed.). São Paulo: Ática.
GERALDI, João Wanderley (1979). Notas para uma tipologia lingüística dos períodos hipotéticos. Série Estudos. Uberaba: Centro de Ciências Humanas e Letras - Faculdades Integradas de Uberaba, pp. 72-85.
_____________ (1991). Portos de Passagem. São Paulo: Martins Fontes.
_____________ (1996). Linguagem e ensino. Campinas: Mercado de Letras / ALB.
_____________ (1997) Concepções de Linguagem e Ensino de Português. In J.W. Geraldi (Org.) O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, pp.39-46.
ILARI, Rodolfo (1992). A Lingüística e o ensino da Língua Portuguesa. São Paulo: Martins Fontes (4a. ed.).
_____________ (2001) Introdução à Semântica. Brincando com a gramática. São Paulo: Contexto.
_____________ (2002) Introdução ao Léxico. Brincando com as palavras. São Paulo: Contexto.
NEVES, Maria Helena de Moura (2000). Gramática de usos do Português. São Paulo: Ed. da UNESP
PERINI, Mário A. (1996). Gramática descritiva do Português. (2a. ed.) São Paulo: Ática.
POSSENTI, Sírio (1996). Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: Mercado de Letras / ALB.
VILELA, Mário & KOCH, Ingedore Villaça (2001). Gramática da Língua Portuguesa. Gramática da Palavra, Gramática da Frase, Gramática do Texto/Discurso. Coimbra: Livraria Almedina.

História da Língua Portuguesa

VOCÊ ENCONTRARÁ->
Origem e evolução da língua portuguesa em sua história externa e interna, conforme a denominação da tradição filológica, ou seja, de como, desde o latim, as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, culturais e outras, de um lado, e a evolução interna nos vários níveis lingüísticos – fonético, morfológico, sintático, léxico -, produziram a língua que se chama português.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BASSETTO, Bruno Fregni (2001) Elementos de filologia românica. São Paulo, Edusp.
CÂMARA Jr., Mattoso (1976) História e estrutura da língua portuguesa. Rio de Janeiro, Padrão.
COUTINHO, Ismael de Lima (1973) Pontos de gramática histórica. Rio de Janeiro, Acadêmica.
HAUY, Amini Boianain (1989) História da língua portuguesa: séculos XII, XIII, e XIV. São Paulo, Ática.
MAURER Jr., Theodoro Henrique (1951) A unidade da România ocidental. USP/FFLCH.
-------- (1959) Gramática do latim vulgar. Rio de Janeiro, Acadêmica.
-------- (1962) O problema do latim vulgar. Rio de Janeiro, Acadêmica.
MEYER-LÜBKE, W. (1916) Introdução ao estudo da glotologia românica. Lisboa, Clássica.
NUNES, J.J. Crestomatia arcaica. (1967) 6.ed. Lisboa, Clássica.
-------- (1969) Gramática histórica portuguesa. 7.ed. Lisboa, Clássica.
SILVA NETO, Serafim ((1976) Introdução ao estudo da filologia portuguesa. Grifo, Rio de Janeiro.
-------- (1977) História do latim vulgar. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico.
-------- (1955) Textos medievais portugueses e seus problemas. Rio de Janeiro, Casa de Rui Barbosa.
SPINA, Segismundo (1987) História da língua portuguesa III: segunda metade do séc. XVI e século XVII. São Paulo, Ática.
VASCONCELOS, J. Leite de Textos arcaicos (1923). Lisboa, Livraria Clássica.
--------(1926) Lições de filologia portuguesa. 2.ed. Lisboa, Publicações da Biblioteca
Morfologia na Gramática Tradicional
ENCONTRE->
A disciplina constitui-se de um conjunto de conhecimentos teóricos e aplicados sobre os aspectos morfológicos da Língua Portuguesa analisado no âmbito da Gramática Tradicional, focalizando a determinação do papel dos estudos morfológicos na tradição gramatical e analisando os temas morfológicos tradicionais (tais como classe, estrutura e formação de palavras) nas diversas modalidades de gramática, bem como o tratamento dado aos conceitos morfológicos (entre outros, flexão e derivação) na gramática normativa. A comparação entre os enfoques científico (lingüístico) e tradicional dos conceitos morfológicos embasará a discussão acerca do ensino da morfologia.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática metódica da língua portuguesa. 8ª ed. São Paulo: Edição Saraiva, 1956.
BARBOSA, Jerônimo Soares. Grammatica philosophica da língua portugueza. Lisboa: Academia Real das Ciências, 1830.
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 34ª ed. São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 1992.
CARNEIRO RIBEIRO, Ernesto. Serões gramaticais. Salvador: Livr. Progresso Ed., 1956.
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley F. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
DIAS, A.Epiphaneo da Silva. Syntaxe histórica portuguesa. 3ª ed. Porto: Clássica, 1954.
GÓIS, Carlos Sintaxe de concordância. 8ª ed. Belo Horizonte: Editora Globo, 1943.
KURY, A.da Gama. Novas lições de análise sintática. 3ª ed. São Paulo: Ática, 1987.
LUFT, Celso Pedro. Moderna gramática brasileira. 6ª ed. Rio de Janeiro: Editora Globo, 1989.
MELO, Gladstone Chaves de. Gramática fundamental da língua portuguesa. 3ª ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1978.
PEREIRA, Eduardo Carlos. Gramática expositiva. 102ª ed. São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 1957.
PERINI, Mário A. Gramática descritiva do português. 3ª ed. São Paulo: Ática, 1998.
RIBEIRO, Júlio. Grammatica portugueza. São Paulo: Melillo, 1914.
ROCHA LIMA, C.H.da. Gramática normativa da língua portuguesa. 28ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1987.
SAID ALI, Manuel (1964). Gramática secundária da língua portuguesa. SP, Melhoramentos.

Morfossintaxe da Língua Portuguesa
ENCONTRE->

Introdução/Revisão dos conceitos fundamentais (Morfema e Palavra,
Morfema/Morfe/Alomorfe; Forma livres, Presas e Dependentes; Tipos de Morfemas; Derivação e flexão).
Os três modelos de análise: Item e Arranjo, Item e Processo e Palavra e Paradigma. Morfemas: coisas ou regras? A morfologia na teoria gerativa - primeiras abordagens. Discussão de casos de formação de palavras em português. Desdobramentos da morfologia: o papel da estrutura de constituintes, a relação entre morfologia e estrutura argumental, o status da flexão. Interface Morfologia e Sintaxe

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ANDERSON, S. (1982) Where's morphology? Linguistic Inquiry.
BASÍLIO, M. (1980) Estruturas Lexicais do Português. Petrópolis: Vozes.
BASÍLIO, M. (1999) A Morfologia no Brasil: Indicadores e Questões. DELTA, vol. 15, nº Especial. p.53-70.
KATAMBA, Francis. 1994. Morphology.
LEE. S.H. (1995) Morfologia e fonologia lexical do português do Brasil. Tese de Doutorado. UNICAMP.
LOBATO, L. (1985). Sintaxe Gerativa do Português.- Da Teoria Padrão à Teoria da Regência e Ligação. Belo Horizonte. Vigília.
MATEUS, M. et alii (1983) Gramática da Língua Portuguesa. Coimbra. Almedina.
MATEUS, M.H. et alii (1990) Fonética, fonologia e morfologia do português. Lisboa. Universidade Aberta.
MATTHEWS, P. (1974) Morphology: An Introduction to the theory of word-structure. Cambridge: CUP.
MORENO, C. (1997) Morfologia Nominal do Português. Tese de Doutorado. PUCRS.
RAPOSO, E. (1992) Teoria da Gramática. A Faculdade da Linguagem. Lisboa. Caminho.
ROCHA, L. C. A (1999) Estruturas morfológicas do português. Belo Horizonte: Editora UFMG
ROSA, M. C. (2000) Introdução à Morfologia. São Paulo: Contexto.
SANDMANN, A.J. (1991) Morfologia Geral. São Paulo. Contexto.
______________(1992) Morfologia Lexical. São Paulo Contexto.
SPENCER, A (1991) Morphological Theory. Oxford : Blackwell.
VILLALVA, A (1994) Estruturas morfológicas. Cap. 6 Estruturas de composição. Tese de doutoramento. Lisboa: Universidade de Lisboa.

Sintaxe na Gramática Tradicional
ENCONTRE->

A disciplina constitui-se de um conjunto de conhecimentos teóricos e aplicados sobre os aspectos sintáticos do português à luz da Gramática Tradicional, focalizando: a função de sujeito, a relação de predicação, a relação de complementação e a relação de adjunção.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ALMEIDA, Napoleão Mendes de (1956). Gramática metódica da língua portuguesa. 8 ed.,
São Paulo, Edição Saraiva.
BARBOSA, Jerônimo Soares (1830). Grammatica philosophica da língua portugueza. Lis-
boa, Academia Real das Ciências.
BECHARA, Evanildo (1992). Moderna gramática portuguesa. 34 ed. SP, Cia.Ed.Nacional.
CARNEIRO RIBEIRO, Ernesto (1956). Serões gramaticais. Salvador, Livr. Progresso Ed.
CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley F. (1985). Nova gramática do português contemporâ-
neo. RJ, Nova Fronteira.
DIAS, A.Epiphaneo da Silva (1954). Syntaxe histórica portuguesa. 3 ed., Porto, Clássica.
GÓIS, Carlos (1943). Sintaxe de concordância. 8 ed., B.Horizonte, Editora Globo.
KURY, A.da Gama (1987). Novas lições de análise sintática. 3 ed., SP, Ática.
LUFT, Celso Pedro (1989). Moderna gramática brasileira. 6 ed., RJ, Editora Globo.
---------- (1976). Dicionário de gramática da língua portuguesa. P.Alegre, Editora Globo.
MELO, Gladstone Chaves de (1978). Gramática fundamental da língua portuguesa. 3 ed., RJ, Ao Livro Técnico.
PEREIRA, Eduardo Carlos (1957). Gramática expositiva. 102 ed., SP, Cia.Ed.Nacional.
PERINI, Mário A. (1998). Gramática descritiva do português. 3 ed., São Paulo, Ática.
RIBEIRO, Júlio (1914). Grammatica portugueza. S.Paulo, Melillo.
ROCHA LIMA, C.H.da (1987). Gramática normativa da língua portuguesa. 28 ed., RJ, Jo-
sé Olympio.
SAID ALI, Manuel (1964). Gramática secundária da língua portuguesa. SP, Melhoramen-
tos.

Sintaxe de Língua Portuguesa
ENCONTRE->
Introdução ao estudo da sintaxe da língua portuguesa de uma perspectiva funcionalista.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CUNHA, M. A. F. Lingüística Funcional: Teoria e Prática. Rio de Janeiro, FAPERJ/DP&A Editora, 2003.
DECAT, M. B. N. et al. Aspectos da Gramática do Português: Uma Abordagem Funcionalista. Campinas, Mercado das Letras, 2001.
DOOLEY, R. A.; LEVINSOHN, S. H. Análise do Discurso: Conceitos Básicos em Lingüística. Petrópolis, Editora Vozes, 2003.
GIVÓN, T. English Grammar: A Functional Approach, vols. I e II. Amsterdam, John Benjamins, 1993.
ILARI, R. Perspectiva Funcional da Frase Portuguesa. Campinas, Editora da UNICAMP, 1992.
Mateus, M. H. M. et al. Gramática da Língua Portuguesa. 5a. ed., revista e aumentada. Editorial Caminho, Lisboa, 2003.
NEVES, M. H. M. Gramática de Usos do Português. 3. ed. São Paulo: Editora UNESP, 2003.
NEVES, M. H. M. A Gramática Funcional. São Paulo, Martins Fontes, 1997.
PONTES, E. S. L. Sujeito: da Sintaxe ao Discurso. São Paulo, Editora Ática, 1986.
PONTES, E. S. L. O Tópico no Português do Brasil. Campinas, Pontes, 1987,
TRASK, R. L. Dicionário de Linguagem e Lingüística. Trad. de R. Ilari. São Paulo, Editora Contexto, 2004.
VILELA, M.; KOCH, I. V. Gramática da Língua Portuguesa: Gramática da Palavra – Gramática da Frase – Gramática do Texto/Discurso. Livraria Almedina, Coimbra, 2001.

Semântica na Gramática Tradicional
ENCONTRE->
A disciplina constitui-se de um conjunto de conhecimentos teóricos e aplicados sobre os aspectos semânticos da Língua Portuguesa analisado no âmbito da Gramática Tradicional, focalizando a determinação do papel dos estudos semânticos na tradição gramatical e analisando os temas semânticos tradicionais (tais como tropos, homonímia/polissemia e estilística) nas diversas modalidades de gramática, bem como o tratamento dado aos conceitos semânticos (entre outros, denotação/conotação e referência,) na gramática normativa. A comparação entre os enfoques científico (lingüístico) e tradicional dos conceitos morfológicos embasará a discussão acerca do ensino da semântica.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de questões vernáculas. 4ª ed. São Paulo: Edição Ática, 2003.
CÂMARA JR., J. Mattoso. Dicionário de lingüística e gramática. Petrópolis: Vozes, 1977.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Nacional, 1994.
FRANÇOIS, Denise. A noção de norma em lingüística. MARTINET, Jeanne (org.) Da teoria lingüística ao ensino de língua. Da teoria lingüística ao ensino da língua.
GNERRE, Maurizzio. Linguagem, escrita e poder. São Paulo: Martins Fontes, 1985.
ILARI, R. A lingüística e o ensino da língua portuguesa. São Paulo: Martins Fontes, 1985.
ILARI, Rodolfo. Iniciação à Semântica. São Paulo: Contexto, 2001.
LOBATO, Lúcia M. P. Teorias lingüísticas e o ensino do português como língua materna. Tempo Brasileiro, Lingüística e ensino do vernáculo. s/d, p. 4-47.
LYONS, John. Introdução à lingüística teórica. São Paulo: Nacional, 1979.
MARQUES, Maria Helena D. Iniciação à Semântica. Rio de Janeiro: Zahar, 1999.
MATTOS E SILVA, Rosa. Tradição gramatical e gramática tradicional. São Paulo: Contexto, 1989.
POSSENTI, S. Por que (não) ensinar a gramática na escola. Campinas: Mercado de Letras, 1997.
ROCHA LIMA, C. H. Gramática Normativa da Língua Portuguesa. 37ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1999.
SAID ALI, Manuel. Gramática Histórica da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Edições Melhoramentos, 1971.

Semântica da Língua Portuguesa

ENCONTRE->
A disciplina constitui-se de um conjunto de conhecimentos teóricos e aplicados sobre os aspectos semânticos da Língua Portuguesa analisado no âmbito dos estudos lingüísticos, focalizando a semântica como parte central da lingüística, com função de articulação entre a gramática e a pragmática. O foco da disciplina será o papel fundamental que esta disciplina tem no âmbito do ensino dos fatos gramaticais.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CAMACHO, Roberto Gomes & PEZATTI, Erotilde de Goreti. „As subcategorias nominais contável e não-contável“. In: KATO, Mary A. (org.). Gramática do Português Falado. Vol. 5. Campinas, Editora da Unicamp, 155-183, 1996.
FREGE, Gottlob. Lógica e filosofia da linguagem. São Paulo, Cultrix, 1978.
ILARI, Rodolfo & GERALDI, João Wanderley. Semântica. 7a. ed., São Paulo, Ática, 1998.
JACKENDOFF, Ray. Semantics and Cognition. Cambridge, MIT Press, 1983.
LYONS, John. Introdução à lingüística teórica. São Paulo: Nacional, 1979.
LYONS, John. Semantics. 2 vols. Cambridge, University Press, 1977.
MARQUES, Maria Helena Duarte. Iniciação à Semântica. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1996.
MARQUES, Maria Helena D. Iniciação à Semântica. Rio de Janeiro: Zahar, 1999.
MOURA, Heronides Maurílio de Melo. Significação e contexto: uma introdução a questões de semântica e pragmática. Florianópolis, Insular, 1999.
SEARLE, John R. Os actos de fala: um ensaio de filosofia da linguagem. Coimbra, Almedina, 1981.
SEARLE, John R. Expressão e significado: estudos da teoria dos atos de fala. Trad. por Ana Cecília G. A. de Camargo e Ana Luiza Marcondes Garcia. São Paulo, Martins Fontes, 1995.
SPERBER, Dan & WILSON, Deirdre. Relevance. Communication and Cognition. Oxford, Blackwell, 1986.

Metodologia de ensino de Língua Portuguesa
ENCONTRE->
Gramática: norma e uso. Morfologia, sintaxe e semântica em aula de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental e Médio.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ABREU, Sabrina P. (coord.) O ensino dos aspectos sintáticos da Língua Portuguesa. Parte 1 e Parte 2. Porto Alegre, Instituto de Letras, UFRGS, 2003.
ABREU, A. Suárez. Gramática Mínima; para o domínio da língua padrão. Cotia,SP: Ateliê Editorial, 2003.
BAGNO, Marcos. Norma lingüística. São Paulo: Loyola, 2001.
BASTOS, Lúcia & MATTOS, M.A. A produção escrita e a gramática. São Paulo: Martins Fontes, 1986.
BORBA, Francisco S. Dicionário de usos do Português do Brasil. São Paulo: Ática, 2002.
FAVERO, Teresinha O . Gramática: objeto descartável? Cadernos do IL, Porto Alegre, Instituto de Letras, UFRGS, n.17, 1997. p.79-86.
GIERING, Maria Eduarda. & TEIXEIRA, Marlene. (orgs.) Investigando a linguagem em uso. São Leopoldo, RS: UNISINOS, 2004.
ILARI, Rodolfo. A expressão do tempo em português. São Paulo: Contexto, 2001.
_______. A Lingüística e o ensino da língua portuguesa. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
LAROCA, Maria Nazaré de C. Manual de morfologia do português. Campinas, SP: Pontes; Juiz de Fora, MG: UFIF, 2003.
LUFT, Celso Pedro. A vírgula. 5. ed. São Paulo: Ática, 2004.
_______. Língua e liberdade. São Paulo: Ática, 2002.
MENDONÇA, Marina C. Língua e ensino: políticas de fechamento. In: MUSSALIN, F. & BENTES, Anna C. Introdução à Lingüística.; domínios e fronteiras. V.2. São Paulo: Cortez, 2001. p. 233 - 264.
NEVES, Maria Helena Moura. Gramática na escola. São Paulo: Contexto, 2003.
_______. Gramática de usos do português. São Paulo: UNESP, 2000
_______. Que gramática estudar na escola? São Paulo: Contexto, 2004.
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FONTE: BLIBLIOTECA DO MUNICÍPIO E BIBLIOTECA DA UERJ E INTERNET