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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

REDAÇÃO

REDAÇÃO
Não tema a folha em branco

Escrever bem é mais que uma arte. É fruto de muito treino e dedicação. Para dominar a língua nada melhor que ler bastante, também. E ter atenção aos detalhes pode fazer a diferença entre um bom texto e o completo desastre.
Em vestibulares como o da Unicamp onde serão exigidas três redações que representam 50% da nota, acredito que há muita margem para erro. Por isso é preciso estar focado e concentrado no objetivo final.
Policie as palavras. Cuide para não encher o texto de redundâncias. Evite expressões como: subir para cima, sair para fora, cair no chão.
Cuidado com o uso do “que”. Esse é talvez um dos maiores problemas dos textos encontrados por aí. Eu mesmo, muitas vezes, me pego enchendo meus textos com eles.
Enem 2010: tema da redação é apropriado a estudantes
'A prova fez com que esses jovens pensassem em suas próprias perspectivas', diz Fernando dos Santos Andrade, professor da disciplina do Curso Anglo
Aretha Yarak
O trabalho na construção da dignidade humana. Esse foi o tema que os estudantes que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo, tiveram de desenvolver na prova de redação. Para Fernando dos Santos Andrade, professor da disciplina do Curso Anglo, o tema é apropriado ao momento vivido pelos estudantes que deixam o ensino médio. “Eles estão dando os primeiros passos no mercado de trabalho. A prova fez com que esses jovens pensassem em suas próprias perspectivas”, diz Andrade.
O tema, que já foi mote da redação de outros vestibulares, não é estranho àqueles estudantes que vêm se preparando para as provas. Como subsídio à discussão, o Enem apresentou dois textos, um versando sobre o trabalho escravo e o outro, sobre as perspectivas de atividade profissional. “O grau de exigência foi mediano, pois o estudante provavelmente já havia se deparado com tal questão enquanto se preparava para as provas”, afirma o professor.
Na avaliação dele, o Enem procurou medir as habilidades dos estudantes enquanto indivíduos e cidadãos. Buscou fazer os jovens refletirem, ainda, sobre como eles se veem dentro do mercado trabalho e como podem usar as ferramentas existentes para melhorar as relações profissionais. “Para um aluno do ensino médio, a tarefa é um pouco trabalhosa. Mas esses estudantes têm competência para desenvolver esse raciocínio”, diz Andrade.
Leia mais:
A íntegra da proposta de redação e sugestões de resolução dos professores do Curso Anglo

Tags: enem 2010, exame, gabarito, portugues, prova, redação, resultado.
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Exemplos de Redação FATEC
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Redações da Fatec
Consumismo: felicidade maquiada
Vivemos em um mundo cada vez mais globalizado, no qual a dinâmica de informações é intensa e constante. A troca de idéias e mercadorias entre os mais distantes lugares tornou-se ainda mais freqüente e rápida após o advento da internet. Dentro desse contexto, há um importante fator que deve ser levado em consideração: a mídia como um mecanismo de manipulação das massas.
Através de inúmeros meios de comunicação como rádio, televisão, jornais, revistas, outdoors, internet, entre outros, a mídia tem realizado o seu trabalho de convencer as pessoas a consumir. Para isso utiliza-se de algumas artimanhas, como artistas famosos e queridos que incitam o público a comprar os produtos divulgados. O ser humano nasce e cresce vivenciando esse mundo manipulado pela mídia, e acreditando que a felicidade possa ser encontrada quando se adquire determinada marca de roupa, calçado, carro, jóia, celular ou qualquer outro produto. Divulga-se constantemente a idéia da felicidade comprada.
O individuo que nasce nesse ambiente consumista dificilmente aprende valores interiores e subjetivos, como a amizade, o amor ao próximo, o companheirismo, o respeito, a dignidade, a honestidade que o edificam como ser pensante e emotivo. Decorre disso a dificuldade de se preencher o vazio interior, o que é comumente buscado no consumo de bens concretos e superficiais. Não há como afirmar que tais bens são dispensáveis à felicidade, porém estes não estão capacitados a trazer a realização pessoal buscada pelo homem.
A partir das idéias discutidas, podemos concluir que uma das melhores maneiras de garantir a realização pessoal é combatendo o consumismo incitado pela mídia – uma vez que este proporciona uma felicidade maquiada e momentânea que não caracteriza uma realização pessoal plena e sólida – e educando nossas crianças com base em valores como a solidariedade, o amor e o respeito.
Autor: Natalia Yumi Yamamoto
(adaptado do original)









Conheça os tipos de redação


Há três tipos de redação: a narração, a dissertação e a descrição.A primeira envolve fatos, personagens reais ou fictícios que ocorrem em um determinado tempo e espaço.A segunda envolve a defesa de uma idéia, ponto de vista ou questionamento de algum assunto.
A terceira representa as características de um objeto, idéia ou sentimento para que o leitor invente em sua mente uma imagem dos itens descritos.Na escola em determinadas séries cada aluno aprende um tipo de redação das citadas acima.
Aqueles que irão prestar vestibular ou algum outro tipo de prova escreverão uma redação argumentativa que é o que atualmente se pede nesses locais.Uma dica sobre essa redação é tentar não fugir do tema e não dar a sua opinião (“Eu acho, eu penso, devemos fazer…”) e desse modo fazer uma boa redação.
Dicas para fazer uma boa redação
Educação, Estudo

Uma boa redação vem acompanhada de um bom estudo ou um bom conhecimento sobre o tema que se pede. A redação pode ser valiosa perante avaliações, concursos, provas e exames.
Uma importante dica para se fazer uma redação legal, é estar sempre por dentro das novidades e das notícias decorrentes, estar atualizado é a melhor maneira de saber o que escrever e como montar sua redação.
Sendo que a mesma necessite da estrutura básica como o famoso começo, meio e fim, é fundamental saber expressar suas idéias e opiniões perante o tema exigido. Sem que o mesmo fique fora da estrutura básica e deixe seu texto completo e dentro das normas exigidas.
DICAS DE TÉCNICAS PARA ESCREVER UMA REDAÇÃO

A redação é um item fundamental no processo seletivo de um vestibular ou concurso. É ela quem irá avaliar a capacidade de argumentação dos candidatos e será utilizada como critério de desempate, caso eles tenham alcançado o mesmo número de pontos.
Para escrever um bom texto, é preciso ficar atento a algumas dicas. Em primeiro lugar, você deve estar ciente de tudo o que está acontecendo no Brasil e no mundo. Para isso, leia jornais, revistas ou, paginas da internet que tragam informações dos principais fatos do dia-a-dia. Esse tipo de leitura também ajuda na escrita, já que enriquece o seu vocabulário.
Na hora da prova, leia o texto de referencia com a atenção. Grife dados e argumentos que você considerar importante, pois eles poderão ser utilizados para reforçar a sua tese. A sua introdução deve limitar o tema a ser abordado e trazer, de forma bastante sucinta, o ponto de vista que você pretende defender.
Na argumentação, desenvolva suas idéias de forma coerente e deixe clara a sua opinião sobre o assunto. Você pode reforçar a sua tese utilizando dados estatísticos, citações e exemplos reais. Por ultimo, temos a conclusão, onde deve ser proposta uma solução para o problema. Outra sugestão válida é retomar a idéia central do texto de forma breve.
Faça um rascunho para desenvolver suas idéias. Este é um ponto importante pois medida que elas vão aparecendo o aluno fica mais à vontade, sem se preocupar muito com a estética. Antes de passar a limpo, releia o texto quantas vezes for preciso. Veja se não é preciso fazer alguma mudança ou acrescentar mais informações.
O título deve ficar para o final, pois assim ele ficará mais coerente e relacionado ao conteúdo da redação. Tome cuidado para não cometer erros de gramática, pois eles descontam pontos de sua nota final. Além disso, evite lugares comuns, como “Hoje em dia”; “Atualmente”, “Nos dias de hoje”, etc.
Uma dissertação não pode ser escrita na primeira pessoa, nem do plural, portanto, fique atento a este detalhe. Seguindo essas dicas, você tem grandes chances de escrever um ótimo texto.
DICAS DE COMO ESCREVER UMA DISSERTAÇÃO DISSERTATIVA.

Não é todo mundo que consegue escrever uma boa redação seja por causa do hábito de não ler, por não gostar de fazer isso ou então por não ter desenvolvido essa habilidade de maneira correta. Apesar de haver vários gêneros textuais, o dissertativo é o mais pedido em vestibulares e concursos públicos.
Ele é bem diferente das redações narrativas e descritivas e, portanto, tudo que for escrito deve ser muito bem analisado anteriormente, pois, caso contrário, você cometerá uma série de erros e não conseguirá obter um bom desempenho na sua prova
Abaixo, você pode conferir algumas dicas sobre como escrever uma redação dissertativa:
• Primeiramente você deve ler o tema e compreendê-lo tentando não fugir para outro assunto quando começar a redigi-lo.
• Pense nos aspectos positivos e negativos sobre o assunto e forme seus argumentos
• Nunca utilize frases ou palavras como “Eu penso”, “Eu acho”, “Talvez”, “Atualmente”, “Nós”…
• Gírias e ditados populares nunca devem se mencionados.
• A norma culta da Língua Portuguesa deve prevalecer.
• Apresente soluções para a resolver os problemas.
• Esteja sempre bem informado sobre tudo o que ocorre no mundo em jornais, revistas, livros, entre outros.
• Respeite a quantidade determinada de linhas que são pedidas
• E nunca se esqueça de colocar um título, pois, o tema não pode ser considerado como o tal.
Como você já deve saber, a redação precisa de três princípios básicos: – Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. A redação deve chamar a atenção do leitor, entretanto, não pode ser muito grande para não cansá-lo. A letra deve ser bem legível, e cuidado com os acentos. São esses pequenos detalhes que fazem a diferença no final.
Procure não ficar nervoso na hora da avaliação. Além disso, leia bastantes revistas e jornais, para ficar informado sobre as principais noticias do Brasil e do mundo, que são os assuntos que mais caem nos vestibulares.
É importante evitar frases muito curtas e muito longas, pois desequilibram o texto. O assunto precisa ser bem elaborado, para chamar a atenção do leitor.
MODELOS DE REDAÇÕES 2010 – FUVEST.
AS MELHORES REDAÇÕES CORRIGIDAS.
 Dicas:
• Leia e mãos a obra, escreva outra redação a partir do mesmo título;
• Não copie .












Atividades
Mãos a obra.


Observe o tema e produza um texto dissertativo. Catástrofe naturais em cidades brasileiras.
Máx:30 linhas
Min: 20 linhas
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Obs: Obedeça a coesão e a coerência.


COERÊNCIA
Um texto pode ser incoerente em ou para determinada situação se seu autor não consegue inferir um sentido ou uma ideia através da articulação de suas frases e parágrafos e por meio de recursos linguísticos (pontuação, vocabulário, etc.).
A coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois essas devem se complementar, é o resultado da não contradição entre as partes do texto.
A coerência de um texto inclui fatores como o conhecimento que o produtor e o receptor têm do assunto abordado no texto, conhecimento de mundo, o conhecimento que esses têm da língua que usam e intertextualidade.
Pode-se concluir que texto coerente é aquele do qual é possível estabelecer sentido; é entendido como um princípio de interpretabilidade.
Veja o exemplo: “As crianças estão morrendo de fome por causa da riqueza do país.”
“Adoro sanduíche porque engorda.”

As frases acima são contraditórias, não apresentam informações claras, portanto, são incoerentes.

A sua redação, seja ela dissertativa, descritiva ou narrativa, deve primar, como se sabe, pela clareza, objetividade, coerência e coesão. E a coesão, como o próprio nome
São Paulo: Oito pessoas morrem em queda de avião
Das Agências
Cinco passageiros de uma mesma família, de Maringá, dois tripulantes e uma mulher que viu o avião cair morreram
Oito pessoas morreram (cinco passageiros de uma mesma família e dois tripulantes, além de uma mulher que teve ataque cardíaco) na queda de um avião (1) bimotor Aero Commander, da empresa J. Caetano, da cidade de Maringá (PR). O avião (1) prefixo PTI-EE caiu sobre quatro sobrados da Rua Andaquara, no bairro de Jardim Marajoara, Zona Sul de São Paulo, por volta das 21h40 de sábado. O impacto (2) ainda atingiu mais três residências.
Estavam no avião (1) o empresário Silvio Name Júnior (4), de 33 anos, que foi candidato a prefeito de Maringá nas últimas eleições (leia reportagem nesta página); o piloto (1) José Traspadini (4), de 64 anos; o co-piloto (1) Geraldo Antônio da Silva Júnior, de 38; o sogro de Name Júnior (4), Márcio Artur Lerro Ribeiro (5), de 57; seus (4) filhos Márcio Rocha Ribeiro Neto, de 28, e Gabriela Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela (6), João Izidoro de Andrade (7), de 53 anos.
Izidoro Andrade (7) é conhecido na região (8) como um dos maiores compradores de cabeças de gado do Sul (8) do país. Márcio Ribeiro (5) era um dos sócios do Frigorífico Naviraí, empresa proprietária do bimotor (1). Isidoro Andrade (7) havia alugado o avião (1) Rockwell Aero Commander 691, prefixo PTI-EE, para (7) vir a São Paulo assistir ao velório do filho (7) Sérgio Ricardo de Andrade (8), de 32 anos, que (8) morreu ao reagir a um assalto e ser baleado na noite de sexta-feira.
O avião (1) deixou Maringá às 7 horas de sábado e pousou no aeroporto de Congonhas às 8h27. Na volta, o bimotor (1) decolou para Maringá às 21h20 e, minutos depois, caiu na altura do número 375 da Rua Andaquara, uma espécie de vila fechada, próxima à avenida Nossa Senhora do Sabará, uma das avenidas mais movimentadas da Zona Sul de São Paulo. Ainda não se conhece as causas do acidente (2). O avião (1) não tinha caixa preta e a torre de controle também não tem informações. O laudo técnico demora no mínimo 60 dias para ser concluído.
Segundo testemunhas, o bimotor (1) já estava em chamas antes de cair em cima de quatro casas (9). Três pessoas (10) que estavam nas casas (9) atingidas pelo avião (1) ficaram feridas. Elas (10) não sofreram ferimentos graves. (10) Apenas escoriações e queimaduras. Elídia Fiorezzi, de 62 anos, Natan Fiorezzi, de 6, e Josana Fiorezzi foram socorridos no Pronto Socorro de Santa Cecília.
Vejamos, por exemplo, o elemento (1), referente ao avião envolvido no acidente. Ele foi retomado nove vezes durante o texto. Isso é necessário à clareza e à compreensão do texto. A memória do leitor deve ser reavivada a cada instante. Se, por exemplo, o avião fosse citado uma vez no primeiro parágrafo e fosse retomado somente uma vez, no último, talvez a clareza da matéria fosse comprometida.
E como retomar os elementos do texto? Podemos enumerar alguns mecanismos:
a) REPETIÇÃO: o elemento (1) foi repetido diversas vezes durante o texto. Pode perceber que a palavra avião foi bastante usada, principalmente por ele ter sido o veículo envolvido no acidente, que é a notícia propriamente dita. A repetição é um dos principais elementos de coesão do texto jornalístico fatual, que, por sua natureza, deve dispensar a releitura por parte do receptor (o leitor, no caso). A repetição pode ser considerada a mais explícita ferramenta de coesão. Na dissertação cobrada pelos vestibulares, obviamente deve ser usada com parcimônia, uma vez que um número elevado de repetições pode levar o leitor à exaustão.
b) REPETIÇÃO PARCIAL: na retomada de nomes de pessoas, a repetição parcial é o mais comum mecanismo coesivo do texto jornalístico. Costuma-se, uma vez citado o nome completo de um entrevistado - ou da vítima de um acidente, como se observa com o elemento (7), na última linha do segundo parágrafo e na primeira linha do terceiro -, repetir somente o(s) seu(s) sobrenome(s). Quando os nomes em questão são de celebridades (políticos, artistas, escritores, etc.), é de praxe, durante o texto, utilizar a nominalização por meio da qual são conhecidas pelo público. Exemplos: Nedson (para o prefeito de Londrina, Nedson Micheletti); Farage (para o candidato à prefeitura de Londrina em 2000 Farage Khouri); etc. Nomes femininos costumam ser retomados pelo primeiro nome, a não ser nos casos em que o sobrenomes sejam, no contexto da matéria, mais relevantes e as identifiquem com mais propriedade.
c) ELIPSE: é a omissão de um termo que pode ser facilmente deduzido pelo contexto da matéria. Veja-se o seguinte exemplo: Estavam no avião (1) o empresário Silvio Name Júnior (4), de 33 anos, que foi candidato a prefeito de Maringá nas últimas eleições; o piloto (1) José Traspadini (4), de 64 anos; o co-piloto (1) Geraldo Antônio da Silva Júnior, de 38. Perceba que não foi necessário repetir-se a palavra avião logo após as palavras piloto e co-piloto. Numa matéria que trata de um acidente de avião, obviamente o piloto será de aviões; o leitor não poderia pensar que se tratasse de um piloto de automóveis, por exemplo. No último parágrafo ocorre outro exemplo de elipse: Três pessoas (10) que estavam nas casas (9) atingidas pelo avião (1) ficaram feridas. Elas (10) não sofreram ferimentos graves. (10) Apenas escoriações e queimaduras. Note que o (10) em negrito, antes de Apenas, é uma omissão de um elemento já citado: Três pessoas. Na verdade, foi omitido, ainda, o verbo: (As três pessoas sofreram) Apenas escoriações e queimaduras.
d) SUBSTITUIÇÕES: uma das mais ricas maneiras de se retomar um elemento já citado ou de se referir a outro que ainda vai ser mencionado é a substituição, que é o mecanismo pelo qual se usa uma palavra (ou grupo de palavras) no lugar de outra palavra (ou grupo de palavras). Confira os principais elementos de substituição:
- Pronomes: a função gramatical do pronome é justamente substituir ou acompanhar um nome. Ele pode, ainda, retomar toda uma frase ou toda a idéia contida em um parágrafo ou no texto todo. Na matéria-exemplo, são nítidos alguns casos de substituição pronominal: o sogro de Name Júnior (4), Márcio Artur Lerro Ribeiro (5), de 57; seus (4) filhos Márcio Rocha Ribeiro Neto, de 28, e Gabriela Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela (6), João Izidoro de Andrade (7), de 53 anos. O pronome possessivo seus retoma Name Júnior (os filhos de Name Júnior...); o pronome pessoal ela, contraído com a preposição de na forma dela, retoma Gabriela Gimenes Ribeiro (e o marido de Gabriela...). No último parágrafo, o pronome pessoal elas retoma as três pessoas que estavam nas casas atingidas pelo avião: Elas (10) não sofreram ferimentos graves.
Veja outros exemplos de substituição pronominal:
a) Muitos brasileiros estavam assistindo à corrida, mas isso não bastou para que Rubinho vencesse a prova (o pronome demonstrativo isso retoma a idéia, expressa anteriormente, de que muitos brasileiros estavam assistindo à corrida).
b) Em época de fim de ano, as pessoas que trabalham com carteira assinada recebem o 13° salário, o que aquece a economia do país (o pronome demonstrativo o retoma o fato de as pessoas trabalharem com carteira assinada);
c) (...)Sérgio Ricardo de Andrade (8), de 32 anos, que (8) morreu ao reagir a um assalto e ser baleado na noite de sexta-feira (o pronome relativo que retoma Sérgio Ricardo de Andrade - Sérgio Ricardo de Andrade morreu ao reagir a um assalto...);
d) A Jonas Ricardo foram atribuídas atitudes violentas. Segundo sua esposa, ele a agrediu na última segunda-feira... (o pronome pessoal ele retoma Jonas Ricardo; o pronome pessoal a retoma sua esposa); etc.
- epítetos: são palavras ou grupos de palavras que, ao mesmo tempo que se referem a um elemento do texto, qualificam-no. Essa qualificação pode ser conhecida ou não pelo leitor. Caso não seja, deve ser introduzida de modo que fique fácil a sua relação com o elemento qualificado.
Exemplos:
a) (...) foram elogiadas pelo por Fernando Henrique Cardoso. O presidente, que voltou há dois dias de Cuba, entregou-lhes um certificado... (o epíteto presidente retoma Fernando Henrique Cardoso; poder-se-ia usar, como exemplo, sociólogo);
b) Edson Arantes de Nascimento gostou do desempenho do Brasil. Para o ex-Ministro dos Esportes, a seleção... (o epíteto ex-Ministro dos Esportes retoma Edson Arantes do Nascimento; poder-se-iam, por exemplo, usar as formas jogador do século, número um do mundo, etc.
Sinônimos ou quase sinônimos: palavras com o mesmo sentido (ou muito parecido) dos elementos a serem retomados. Exemplo: O prédio foi demolido às 15h. Muitos curiosos se aglomeraram ao redor do edifício, para conferir o espetáculo (edifício retoma prédio. Ambos são sinônimos).
Nomes deverbais: são derivados de verbos e retomam a ação expressa por eles. Servem, ainda, como um resumo dos argumentos já utilizados. Exemplos: Uma fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Higienópolis, como sinal de protesto contra o aumentos dos impostos. A paralisação foi a maneira encontrada... (paralisação, que deriva de paralisar, retoma a ação de centenas de veículos de paralisar o trânsito da Avenida Higienópolis). O impacto (2) ainda atingiu mais três residências (o nome impacto retoma e resume o acidente de avião noticiado na matéria-exemplo)
Elementos classificadores e categorizadores: referem-se a um elemento (palavra ou grupo de palavras) já mencionado ou não por meio de uma classe ou categoria a que esse elemento pertença: Uma fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Higienópolis. O protesto foi a maneira encontrada... (protesto retoma toda a idéia anterior - da paralisação -, categorizando-a como um protesto); Quatro cães foram encontrados ao lado do corpo. Ao se aproximarem, os peritos enfrentaram a reação dos animais (animais retoma cães, indicando uma das possíveis classificações que se podem atribuir a eles).
Advérbios: palavras que exprimem circunstâncias, principalmente as de lugar: Em São Paulo, não houve problemas. Lá, os operários não aderiram... (o advérbio de lugar lá retoma São Paulo). Exemplos de advérbios que comumente funcionam como elementos referenciais, isto é, como elementos que se referem a outros do texto: aí, aqui, ali, onde, lá, etc.
Observação: É mais freqüente a referência a elementos já citados no texto. Porém, é muito comum a utilização de palavras e expressões que se refiram a elementos que ainda serão utilizados. Exemplo: Izidoro Andrade (7) é conhecido na região (8) como um dos maiores compradores de cabeças de gado do Sul (8) do país. Márcio Ribeiro (5) era um dos sócios do Frigorífico Naviraí, empresa proprietária do bimotor (1). A palavra região serve como elemento classificador de Sul (A palavra Sul indica uma região do país), que só é citada na linha seguinte.
Conexão
Além da constante referência entre palavras do texto, observa-se na coesão a propriedade de unir termos e orações por meio de conectivos, que são representados, na Gramática, por inúmeras palavras e expressões. A escolha errada desses conectivos pode ocasionar a deturpação do sentido do texto. Abaixo, uma lista dos principais elementos conectivos, agrupados pelo sentido. Baseamo-nos no autor Othon Moacyr Garcia (Comunicação em Prosa Moderna).
Prioridade, relevância:
em primeiro lugar, antes de mais nada, antes de tudo, em princípio, primeiramente, acima de tudo, precipuamente, principalmente, primordialmente, sobretudo, a priori (itálico), a posteriori (itálico).
Tempo (freqüência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterioridade):
então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, no momento em que, pouco antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente agora atualmente, hoje, freqüentemente, constantemente às vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim, nesse meio tempo, nesse hiato, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, já, mal, nem bem.
Semelhança, comparação, conformidade:
igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, similarmente, semelhantemente, analogamente, por analogia, de maneira idêntica, de conformidade com, de acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual, tanto quanto, como, assim como, como se, bem como.
Condição, hipótese:
se, caso, eventualmente.
Adição, continuação:
além disso, demais, ademais, outrossim, ainda mais, ainda cima, por outro lado, também, e, nem, não só ... mas também, não só... como também, não apenas ... como também, não só ... bem como, com, ou (quando não for excludente).
Dúvida:
talvez provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo, se é que.
Certeza, ênfase:
decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza.
Surpresa, imprevisto:
inesperadamente, inopinadamente, de súbito, subitamente, de repente, imprevistamente, surpreendentemente.
Ilustração, esclarecimento:
por exemplo, só para ilustrar, só para exemplificar, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou seja, aliás.
Propósito, intenção, finalidade:
com o fim de, a fim de, com o propósito de, com a finalidade de, com o intuito de, para que, a fim de que, para.
Lugar, proximidade, distância:
perto de, próximo a ou de, junto a ou de, dentro, fora, mais adiante, aqui, além, acolá, lá, ali, este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo, ante, a.
Resumo, recapitulação, conclusão:
em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, desse modo, logo, pois (entre vírgulas), dessarte, destarte, assim sendo
Causa e conseqüência. Explicação:
por conseqüência, por conseguinte, como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com efeito, tão (tanto, tamanho) ... que, porque, porquanto, pois, já que, uma vez que, visto que, como (= porque), portanto, logo, que (= porque), de tal sorte que, de tal forma que, haja vista.
Contraste, oposição, restrição, ressalva:
pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora, apesar de, ainda que, mesmo que, posto que, posto, conquanto, se bem que, por mais que, por menos que, só que, ao passo que.
Idéias alternativas
Ou, ou... ou, quer... quer, ora... ora.

BOA SORTE! PRATIQUE!!!!

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