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domingo, 19 de junho de 2011

PENSADORES DA EDUCAÇÃO - REFLEXÕES E POSSIBILIDADES


PENSADORES DA EDUCAÇÃO

Reflexão e Possibilidades
JEAN-JACQUES ROUSSEAU  - Filósofo suíço (1712-1778) 



  • O homem é bom por natureza, mas está submetido à influência corruptora da sociedade.

  • O objetivo é não só planejar uma educação com vistas à formação futura, na idade adulta, mas também com a intenção de propiciar felicidade à criança enquanto ela ainda é criança.

  • O jovem é um ser integral, e não uma pessoa incompleta. Na infância são instituídas  várias fases de desenvolvimento, sobretudo cognitivo.

  • A criança  deve ser educada sobretudo em liberdade e viver cada fase da infância na plenitude de seus sentidos, mesmo porque, até os 12 anos o ser humano é praticamente só sentidos, emoções e corpo físico, enquanto a razão se forma.

  • A educação elitista de seu tempo foi por ele criticada, já que os métodos de ensino se baseavam basicamente na repetição e memorização dos conteúdos,  e pregava sua substituição pela experiência direta por parte dos alunos, a quem caberia conduzir, pelo próprio interesse, o aprendizado.

  • A educação mais do que instruir, deveria direcionar-se para a formação moral e política.














JOHANN HEINRICH PESTALOZZI  - Pensador suíço (1746-1827)



  • A função principal do ensino é levar as crianças a desenvolver suas habilidades naturais e inatas.

  • A criança se desenvolve de dentro para fora. O professor deve respeitar os estágios de desenvolvimento pelos quais a criança passa, além de dar atenção a sua evolução, às suas aptidões e necessidades, de acordo com as diferentes idades.

  • A criança é um ser puro, bom em sua essência e possuidor de uma natureza divina que deveria ser cultivada e descoberta para atingir a plenitude.

  • O aprendizado é, em grande parte, conduzido pelo próprio aluno, com base na experimentação prática e na vivência intelectual, sensorial e emocional do conhecimento.

  • A idéia do aprender fazendo, deve partir do conhecido para o novo e do concreto para o abstrato, com ênfase na ação e na percepção dos objetos, mais do que nas palavras. O que importa não é tanto o conteúdo, mas o desenvolvimento das habilidades e dos valores.

  • O objetivo final do aprendizado deveria ser uma formação tripla: intelectual, física e moral.









FREDERICH FROEBEL – Educador Alemão (1782-1852)



·        O início da infância é uma fase decisiva na formação das pessoas.

·        A Educação Infantil é indispensável para a formação da criança.

·        O objetivo das atividades nos jardins de infância era possibilitar brincadeiras criativas.

·        Fundador dos jardins de infância para menores de oito anos.

·        As brincadeiras são o primeiro recurso no caminho rumo à aprendizagem. Não são apenas diversão, mas um modo de criar representações do mundo concreto com a finalidade de entendê-lo.

·        Com base na observação das atividades dos pequenos com jogos e brinquedos, foi um dos primeiros a falar em auto-educação.

·        O caminho para a educação espontânea seria deixar a criança livre para expressar seu interior e perseguir seus interesses, surgindo assim, a idéia contemporânea do “aprender a aprender”.

·        A educação deveria trabalhar os conceitos de unidade e harmonia, pelos quais as crianças alcançariam a própria identidade e sua ligação com o eterno. A importância do autoconhecimento não se limitava à esfera individual, mas seria ainda um meio de tornar melhor a vida em sociedade.

·        As brincadeiras eram acompanhadas de músicas, versos e dança, quase sempre, ao ar livre, para que a turma interagisse com o ambiente.

·        A educação se desenvolve espontaneamente. Quanto mais ativa é a mente da criança, mais ela é receptiva a novos conhecimentos.
·        O ponto de partida do ensino seria os sentidos e o contato que eles criam com o mundo. Portanto, a educação teria como fundamento a percepção da maneira como ela ocorre naturalmente nos pequenos.

·        O ensino diretivo era visto como um recurso legítimo, caso o aluno não apresentasse o desenvolvimento esperado.

·        Na primeira infância o importante é trabalhar a percepção e a aquisição da linguagem.

·         A educação não deve ser imposta às crianças porque elas passam por diferentes estágios de capacidade de aprendizado, com características específicas: primeira infância, infância e idade escolar.

·        A brincadeira e a fala, observadas pelo adulto, permitem apreender o nível de desenvolvimento e a forma de relacionamento infantil com o mundo exterior.

·        A educação é uma atividade em que escola e família caminham juntas.


















JOHN DEWEY   - Filósofo norte-americano (1859-1952)



  • A criança deve ser educada como um todo. O que importa é o crescimento físico, emocional e intelectual.

  • Os alunos aprendem melhor, realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Atividades manuais e criativas ganham destaque no currículo e as crianças passam a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas.

  • O aprendizado se dá quando compartilhamos experiências, e isso só é possível num ambiente democrático, onde não haja barreiras ao intercâmbio de pensamento.

  • A escola deve proporcionar práticas conjuntas e promover situações de cooperação, ao invés de lidar com as crianças de forma isolada.

  • O objetivo da escola é ensinar a criança a viver no mundo, já que o aprendizado se dá justamente quando os alunos são colocados diante de problemas reais.

  • Educar é mais do que reproduzir conhecimentos. É incentivar o desejo de desenvolvimento contínuo, preparar pessoas para transformar algo.

  • A experiência educativa é reflexiva, resultando em novos conhecimentos. Reflexão e ação devem estar ligadas, são parte de um todo indivisível.

  • Não deve haver separação entre a vida e a educação, e esta deve preparar para a vida, promovendo seu constante desenvolvimento.







MARIA MONTESSORI  - Médica  e educadora italiana (1870-1952)



  • O objetivo da escola é a formação integral do jovem, uma educação para a vida.

  • O método Montessori é fundamentalmente biológico. Sua prática se inspira na natureza e seus fundamentos teóricos são um corpo de informações científicas sobre o desenvolvimento infantil. O eixo do processo educativo do professor é a criança.

  • Os materiais propostos podem ser agrupados a partir da seguinte classificação: material de desenvolvimento para as atividades de vida prática; material de desenvolvimento destinado à educação sensorial e material de desenvolvimento para a aquisição de cultura (leitura, escrita, numeração, aritmética).

  • Os pequenos conduziriam o próprio aprendizado e ao professor caberia acompanhar o processo e detectar o modo particular de cada um manifestar seu potencial.

  • Ênfase à fase dos 3 aos 6 anos de idade, período em que as principais funções, como por exemplo, calma, tranqüilidade, autocontrole, domínio dos movimentos, acuidade auditiva, capacidade de concentração vão se desenvolvendo.

  • A tarefa do professor é preparar motivações para atividades culturais, num ambiente previamente organizado, e depois se abster de interferir. Deve também, criar um ambiente em que os alunos se concentrem, evitando interferências suas ou dos colegas.

  • As crianças trazem dentro de si o potencial criador que permite que elas mesmas conduzam o aprendizado e encontrem um lugar no mundo.

  • Todo conhecimento passa por uma prática e a escola deve facilitar o acesso a ela.

  • Idéias principais: a educação pelos sentidos e a educação pelo movimento.

  • Nas escolas montessorianas, o espaço é cuidadosamente preparado para permitir aos alunos movimentos livres, facilitando o desenvolvimento da independência   e da iniciativa pessoal.

  • Assim como o ambiente, a atividade sensorial e motora desempenham função essencial, ou seja, dar vazão à tendência natural que as crianças têm de tocar e manipular tudo  o que está ao seu alcance.

  • O caminho do intelecto passa pelas mãos, porque é por meio do movimento e do toque que as crianças exploram e decodificam o mundo ao seu redor.

  • O método Montessori parte do concreto rumo ao abstrato. Baseia-se na observação de que meninos e meninas aprendem melhor pela experiência direta de procura e descoberta.

  • Os materiais didáticos constituem um dos aspectos mais conhecidos do seu trabalho. São objetos simples, mas muito atraentes e projetados para provocar o raciocínio. Há materiais pensados para auxiliar todo tipo de aprendizado, do sistema decimal à estrutura da linguagem.

  • A escola deve ser um espaço cuidadosamente preparado para acolher a atividade espontânea da criança, satisfazendo as necessidades para seu pleno desenvolvimento, baseada nos princípios: liberdade, atividade, independência, individualidade e desenvolvimento segundo a natureza.

  • O respeito à individualidade é fundamental, pois cada criança tem interesses e ritmos próprios.

OVIDE DECROLY   - Médico e educador belga (1871-1932)



·        A escola precisa estar centrada no aluno e não no professor e deve preparar as crianças para viver em sociedade, em vez de simplesmente fornecer a elas conhecimentos destinados a sua formação profissional.

·        O aluno deve conduzir o próprio aprendizado e, assim, aprender a aprender.

·        A marca principal da escola Decroliana são os centros de interesse, nos quais os alunos escolhem o que querem aprender. São eles que escolhem o próprio currículo, segundo sua curiosidade e sem a separação tradicional entre as disciplinas.

·        Os centros de interesse são grupos de aprendizado organizados segundo faixas de idade dos estudantes.

·        O conceito de interesse é fundamental, pois a necessidade gera o interesse e só este leva ao conhecimento.

·        Os métodos e as atividades propostos pelo educador têm por objetivo, fundamentalmente, desenvolver três atributos: a observação, a associação e a expressão. A observação é compreendida como uma atitude constante no processo educativo. A associação permite que o conhecimento adquirido pela observação seja entendido em termos de tempo e de espaço. E a expressão faz com que a criança externe e compartilhe o que aprendeu.








HENRI WALLON  - Médico, psicólogo e filósofo francês (1879-1962)



  • Foi o primeiro a levar não só o corpo da criança, mas também suas emoções para dentro da sala de aula.

  • Fundamentou suas idéias em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu como pessoa.

  • As emoções têm papel preponderante no desenvolvimento da pessoa. É por meio delas que o aluno exterioriza seus desejos e suas vontades.

  • A afetividade é um dos principais elementos do desenvolvimento humano.

  • A motricidade tem caráter pedagógico tanto pela qualidade do gesto e do movimento quanto por sua representação.

  • A proposta Walloniana põe o desenvolvimento intelectual dentro de uma cultura mais humanizada. A abordagem é sempre a de considerar a pessoa como um todo.

  • A construção do eu depende essencialmente do outro, seja para ser referência, seja para ser negado.

  • Elementos como afetividade, emoções, movimento e espaço físico se encontram num mesmo plano.

  • Todo movimento da criança tem um aspecto psíquico.

  • A educação precisa estar voltada para o desenvolvimento da personalidade concreta da criança, ressaltando a importância de não separar a inteligência da afetividade.
  • A construção coletiva do saber é impregnada de afeto. A criança aprende por um processo que não separa o conhecimento do sentimento.

  • O aprendizado se dá, sobretudo, pela interação social.

  • O professor é o eixo da atividade pedagógica. Ele deve atuar como um observador, no sentido de articular, sempre que possível, os aspectos afetivo e intelectual, ambos inseparáveis e presentes na atividade pedagógica.

  • A presença do afeto na relação professor-aluno contribui significativamente para sua aprendizagem.

  • Gostar da escola e do professor é estímulo para o aprender, assim como, sentir-se querido e aceito pelo mestre, fortalece a auto-estima e constrói um autoconceito positivo.



















CÉLESTIN FREINET - Pedagogo francês (1896-1966)



  • O trabalho e a cooperação vêm em primeiro plano. Não é o jogo que é natural da criança, mas sim o trabalho.

  • A atividade é o que orienta a prática escolar e o objetivo final da educação é formar cidadãos para o trabalho livre e criativo, capaz de dominar e transformar o meio e emancipar quem o exerce.

  • Técnicas didáticas desenvolvidas: aulas-passeio (estudo de campo), cantinhos temáticos na sala de aula, jornal de classe, livro da vida, contato freqüente com os pais, planos de trabalho e a troca de correspondência entre escolas.

  • Contrário ao uso de manuais em sala de aula, sobretudo cartilhas, por considerá-los genéricos e alheios às necessidades de expressão das crianças.

  • É dever do professor criar uma atmosfera laboriosa na escola, de modo a estimular as crianças a fazer experiências, procurar respostas para suas necessidades e inquietações, ajudando e sendo ajudadas por seus colegas e buscando no professor alguém que organize o trabalho.

  • O professor deve colaborar ao máximo para o êxito de todos os alunos.

  • Não há valor didático no erro. O fracasso desequilibra e desmotiva o aluno, por isso o professor deve ajudá-lo a superar o erro.

  • A forma mais profunda de aprendizado é o envolvimento afetivo.

  • A aprendizagem resulta de uma relação dialética entre ação e pensamento ou teoria e prática.

  • O histórico pessoal do aluno interage com os conhecimentos novos e essa relação constrói seu futuro na sociedade.

  • A pedagogia de Freinet se fundamenta em quatro eixos: a cooperação (para construir o conhecimento comunitariamente), a comunicação (para formalizá-lo, transmiti-lo e divulgá-lo), a documentação, com o chamado livro da vida (para registro diário dos fatos históricos) e a afetividade (como vínculo entre as pessoas e delas com o conhecimento).




























JEAN PIAGET  - Biólogo suíço (1896-1980)



·        Campo de investigação: o processo de aquisição do conhecimento pelo ser humano, particularmente a criança.

·        Epistemologia genética é uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança.

·        O egocentrismo, conceito essencial da epistemologia genética, explica o caráter mágico e pré-lógico do raciocínio infantil. A maturação do pensamento rumo ao domínio da lógica consiste num abandono gradual do egocentrismo. Com isso, adquire-se a noção de responsabilidade individual, indispensável para a autonomia moral da criança.

·        O pensamento infantil passa por quatro estágios, desde o nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida.

·        Estágios do desenvolvimento cognitivo:

v    Sensório-motor: do nascimento a 2 anos. Nesta fase, as crianças adquirem a capacidade de administrar seus reflexos básicos para que gerem ações prazerosas ou vantajosas. É um período anterior à linguagem, no qual o bebê desenvolve a percepção de si mesmo e dos objetos a sua volta.
v    Pré-operacional: 2 aos 7 anos. Caracteriza-se pelo surgimento da capacidade de dominar a linguagem e a representação do mundo por meio de símbolos. A criança continua egocêntrica e ainda não é capaz, moralmente, de se colocar no lugar de outra pessoa.
v    Operações concretas: 7 aos 11 ou 12 anos. Tem como marca a aquisição da noção de reversibilidade das ações. Surge a lógica nos processos mentais e a habilidade de discriminar os objetos por similaridade e diferenças. A criança já pode dominar conceitos de tempo e número.
v    Operações formais: por volta dos 12 anos. Essa fase marca a entrada na idade adulta, em termos cognitivos. O adolescente passa a ter o domínio do pensamento lógico e dedutivo, o que o habilita à experimentação mental. Isso implica, entre outras coisas, relacionar conceitos abstratos e raciocinar sobre hipóteses.

·        O desenvolvimento é condição para a aprendizagem.

·        A aprendizagem está subordinada ao estágio de desenvolvimento cognitivo em que a criança se encontra, que por sua vez, apresenta forte dependência da maturação biológica.

·        O conhecimento se dá por descobertas feitas pela própria criança. Educar é provocar a atividade, isto é, estimular a procura do conhecimento.

·        O aprendizado é construído pelo aluno.

·        A criança é participante ativa do próprio processo de desenvolvimento

·        A organização é adquirida através da atividade e não o contrário. É fazendo a atividade que a criança se organiza.

·        A função do professor é criar condições para que o aluno aprenda, é desafiá-lo a pensar por si mesmo, a analisar e questionar aquilo que a escola deseja que ele aprenda.

·        O conhecimento é o resultado de uma interação entre a condição que os seres humanos dispõem ao nascer e sua atividade transformadora do meio, uma posição que foi denominada de construtivismo.

·        As crianças não raciocinam como os adultos e apenas gradualmente se inserem nas regras, valores e símbolos da maturidade psicológica. Essa inserção se dá mediante dois mecanismos: assimilação e acomodação.
·        Assimilação: consiste em incorporar objetos do mundo exterior a esquemas mentais preexistentes. Acomodação: refere-se a modificações dos sistemas de assimilação por influência do mundo externo.











































LEV VYGOTSKY  - Psicólogo bielo-russo (1896-1934)



  • As relações sociais têm papel preponderante sobre o desenvolvimento intelectual, e a corrente pedagógica que se originou a partir desse pensamento é chamada de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo.

  • O ser humano cresce num ambiente social e a interação com outras pessoas é essencial ao seu desenvolvimento.

  • O aprendizado da criança começa muito antes do ingresso na escola.

  • Todo aprendizado é necessariamente mediado e isso torna o papel do ensino e do professor mais ativo e determinante. É o professor que impulsiona o desenvolvimento psíquico das crianças.

  • A linguagem e a interação são elementos fundamentais da consciência e da aprendizagem.

  • A criança, ao aprender a linguagem falada, já verbaliza o pensamento. A linguagem é a ferramenta fundamental que põe o indivíduo no universo da racionalidade humana.

  • A conexão pensamento e linguagem tem sua origem no desenvolvimento. A linguagem permite a construção de conceitos - elementos centrais do pensamento - e a construção deste último adquire, conseqüentemente, uma formulação lingüística, de modo que a linguagem se converta em ferramenta do pensamento.

  • Pensamento e linguagem apesar de terem origens genéticas distintas, acabam por se fundir ao longo do desenvolvimento: linguagem converte-se em pensamento e pensamento em linguagem.

  • O primeiro contato da criança com novas atividades, habilidades ou informações deve ter a participação de um adulto. Ao internalizar um procedimento, a criança “se apropria” dele, tornando-o voluntário e independente.

  • O aprendizado não se subordina totalmente ao desenvolvimento das estruturas intelectuais da criança, mas um se alimenta do outro, provocando saltos de nível de conhecimento.

  • A aprendizagem produz desenvolvimento e esse possibilita novas condições para a aprendizagem, sempre em um contexto interativo, ou seja, de interlocução que se dá na atividade.

  • A aprendizagem e o desenvolvimento estão intimamente ligados.

  • O ensino deve se antecipar ao que o aluno ainda não sabe nem é capaz de aprender sozinho, porque na relação entre aprendizado e desenvolvimento, o primeiro vem antes.

  • O ensino só é efetivo e eficaz quando se adianta ao desenvolvimento. A qualidade do trabalho pedagógico está necessariamente associada à capacidade de promoção de avanços no desenvolvimento do aluno.

  • A intervenção pedagógica provoca avanços que não ocorreriam espontaneamente.

  • O bom ensino é aquele que estimula a criança a atingir um nível de compreensão e habilidade que ainda não domina completamente, “puxando” dela um novo conhecimento. Ensinar o que a criança já sabe desmotiva o aluno e ir além de sua capacidade é inútil.

  • Um conceito específico para a compreensão das relações entre desenvolvimento e aprendizado é a zona de desenvolvimento proximal, que é a distância entre o desenvolvimento real de uma criança e aquilo que ela tem o potencial de aprender – potencial que é demonstrado pela capacidade de desenvolver uma competência com a ajuda de um adulto. Ou seja, a zona de desenvolvimento proximal é o caminho entre o que a criança consegue fazer sozinha e o que ela está perto de conseguir fazer sozinha.

  • Todo aprendizado amplia o universo mental do aluno. O ensino de um novo conteúdo não se resume à aquisição de uma habilidade ou de um conjunto de informações, mas amplia as estruturas cognitivas da criança.

  • A criança além de ativa é, essencialmente, interativa no processo de desenvolvimento.

  • A brincadeira é entendida como uma atividade social da criança e através desta, a criança adquire elementos imprescindíveis para a construção de sua personalidade e para compreender a realidade da qual faz parte.

  • Por meio da brincadeira, a criança vai se desenvolver socialmente, conhecerá as atitudes e as habilidades necessárias para viver em seu grupo social. A imaginação vai ajudá-la a expandir as suas habilidades conceituais.
















PAULO FREIRE  - Educador brasileiro (1921-1997)



  • O objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. A prática de sala de aula deve desenvolver a criticidade dos alunos.

  • Na educação bancária o professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. O saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores.

  •  Ensinar não é transmitir saber, porque a missão do professor é possibilitar a criação ou a produção do conhecimento.

  • O professor deve ter um papel diretivo e informativo, sem deixar de exercer autoridade.

  • O profissional da educação deve levar os alunos a conhecer conteúdos, mas não como verdade absoluta, pois ninguém ensina nada a ninguém, mas as pessoas também não aprendem sozinhas. Os homens se educam entre si mediados pelo mundo.

  • O aluno, alfabetizado ou não, chega à escola levando uma cultura que não é melhor nem pior do que a do professor. Na sala de aula, os dois lados aprenderão juntos, um com o outro.

  • O sujeito da criação cultural não é individual, mas coletivo.

  • A valorização da cultura do aluno é a chave para o processo de conscientização.

  • O método Freireano, formulado inicialmente para o ensino de adultos, propõe a identificação e catalogação das palavras-chave do vocabulário dos alunos (palavras geradoras). Elas devem sugerir situações de vida comuns e significativas para os integrantes da comunidade em que se atua.
  • O método Paulo Freire não visa apenas tornar mais rápido e acessível o aprendizado, mas pretende habilitar o aluno a “ler o mundo”. Trata-se de aprender a ler a realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa realidade (transformá-la).

  • A alfabetização é um modo dos desfavorecidos romperem o que chamou de “cultura do silêncio” e transformar a realidade, “como sujeitos da própria história”.

  • Tudo está em permanente transformação e interação. O ser humano é concebido como histórico e inacabado e, conseqüentemente, pronto a aprender.

  • Na teoria do educador há três momentos de aprendizagem. O primeiro é aquele em que o educador se inteira daquilo que o aluno conhece, não apenas para poder avançar no ensino de conteúdos, mas principalmente para trazer a cultura do educando para dentro da sala de aula. O segundo momento é o de exploração das questões relativas aos temas em discussão – o que permite que o aluno construa o caminho do senso comum para uma visão crítica da realidade. E finalmente, volta-se do abstrato para o concreto, na chamada etapa de problematização.



















EMÍLIA FERREIRO  - Psicolingüista argentina (1937)



·        A criança tem um papel ativo no aprendizado. Ela constrói o próprio conhecimento, daí a palavra construtivismo.

·        Para ter sucesso na alfabetização, a criança não precisa mais vir de um ambiente culto e ter prontidão.

·        A psicogênese da língua escrita é um processo através do qual a escrita se constitui em objeto de conhecimento para a criança.

·        O sujeito ativo e inteligente está no centro da aprendizagem. Um sujeito que pensa, que elabora hipóteses sobre o modo de funcionamento da escrita porque ela está presente no mundo onde vive, que se esforça por compreender para que serve e como se constitui esse objeto.

·        Contribuições fundamentais: a transferência do foco educativo, do professor que ensina para o aluno que aprende; do método preconcebido para o estímulo à construção do saber; do projeto de ensino previsível e controlado passo a passo para a prática pedagógica tecida no dia-a-dia dos conflitos cognitivos emergentes em sala de aula; do fazer escolar para a efetiva conquista do saber e da aprendizagem significativa.

·        A aprendizagem da escrita não se pode dar em outro contexto se não o de produção de textos em efetivas situações de uso da língua. A escrita é importante na escola pelo fato de que é importante fora da escola, não o contrário.

·        Não é o professor quem ensina a ler e a escrever, mas é a criança que constrói seu próprio processo de leitura e de escrita.

·        O importante é ler e escrever textos com significado e não apenas repetir palavras e frases sem nexo.

·        O aprendiz precisa pensar sobre a escrita para se alfabetizar. A mão que escreve e o olho que lê estão sob o comando de um cérebro que pensa sobre a escrita. Escrita essa que existe em seu meio social e com a qual toma contato por atos que envolvem, de alguma forma, sua participação em práticas sociais de leitura e escrita.

·        A maior contribuição de Ferreiro foi explicitar o papel da rede de atos de leitura e escrita que hoje chamamos ambiente alfabetizador. Um ambiente que propicia inúmeras interações com a língua escrita, interações mediadas por pessoas capazes de ler e escrever.

·        Para aprender a ler e a escrever é preciso apropriar-se desse conhecimento, através da reconstrução do modo como ele é produzido. Ou seja, é preciso reinventar a escrita. Os caminhos dessa reconstrução são os mesmos para todas as crianças, de qualquer classe social.

·        Toda criança passa por quatro fases até que esteja alfabetizada:

v    Pré-silábica: não consegue relacionar as letras com os sons da língua falada.
v    Silábica: interpreta a letra a sua maneira, atribuindo valor de sílaba a cada uma.
v    Silábico-alfabética: mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas sílabas.
v    Alfabética: domina, enfim, o valor das letras e sílabas.

·         Para o construtivismo, nada mais revelador do funcionamento da mente de um aluno do que seus supostos erros porque evidenciam como ele “releu” o conteúdo aprendido.

·         A alfabetização tradicional é criticada por julgar a prontidão das crianças para o aprendizado da leitura e da escrita por meio de avaliações de percepção e de motricidade. Dessa forma, dá-se peso excessivo para um aspecto exterior da escrita (saber desenhar as letras) e deixá-se de lado suas características conceituais, ou seja, a compreensão da natureza da escrita e sua organização. O aprendizado da alfabetização não ocorre desligado do conteúdo da escrita.

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